‘Melhora da morte’: por que alguns pacientes graves melhoram pouco antes de morrer?

Por Matheus Magenta

 

A gaúcha Alita Porto Reis passou a criar seus oito irmãos e irmãs após perderem muito cedo a mãe. Décadas depois, por não conseguir engravidar, decidiu adotar uma garotinha, Ana Lúcia. E ao longo desses anos sustentou a todos com o dinheiro que obtinha ao cozinhar pratos alemães e lavar e costurar roupas. Mas, por volta dos 80 anos, ela começou a perder a independência e a precisar de ajuda por causa da doença de Alzheimer. Com o tempo não conseguia mais comer, tomar banho e se vestir sozinha. Quase não reconhecia mais ninguém. Só que em seus últimos dias de vida, Alita teve uma melhora repentina.

“Do nada, começou a conversar com minha mãe. Lembrava de tudo”, conta a neta Samanta. “Minha avó sempre teve uma personalidade muito forte, mas ela foi esquecendo quem era, perdendo sua essência. E, nos últimos dias, ela voltou.”

Aquele retorno teve também um significado especial para a filha Ana Lúcia. “Ela acabou consolando a minha mãe com muito carinho, disse que tudo ia ficar bem no dia 31. Minha mãe chorava muito, dizia que não queria perdê-la. Ela acabou falecendo exatamente no dia 31 de agosto de 2011. De certa forma, tudo isso ajudou muito a minha mãe porque ela pode matar a saudade da mãe dela. Pode sentar e conversar com ela mais uma vez e se despedir.”

“Todo mundo que atua em hospital tem uma história dessas”, diz Frederico Fernandes, médico do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.

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