O desafio do governo na Reforma da Previdência

Uma reunião de líderes nesta quarta-feira, 21, vai definir na Assembleia Legislativa as emendas de bancadas e individuais que serão apresentadas ao projeto da Reforma da Previdência pública de Santa Catarina. Nesta terça-feira, 20, as discussões entre os governistas eram sobre as estratégias a serem adotadas para evitar que o texto que saiu do Centro Administrativo se descaracterize no Palácio Barriga Verde, a ponto de perder o efeito desejado de reduzir o rombo anual de quase R$ 5 bilhões e ao mesmo tempo garantir fôlego para que o sistema honre os compromissos futuros com os aposentados e pensionistas. A tarefa não será fácil diante do que se viu e ouviu na audiência pública realizada na segunda-feira, 19, com a insatisfação do funcionalismo público.

Ao final das quase seis horas de exposições, o secretário da Casa Civil, Eron Giordani, fechou questão quanto à posição do governo: “O debate vai enriquecer o projeto, mas o governo não assume o compromisso de mudar o ponto A ou B, mas de acompanhar de maneira subsidiária o trabalho do Parlamento. Precisamos dialogar até 4 de agosto, data em que a reforma será votada”, afirmou Giordani. A fala de Eron foi reforçada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Milton Hobus (PSD): “Legislativo e Executivo encontrarão o melhor caminho para Santa Catarina. Todos conhecemos onde aperta o calo e onde tem alguma injustiça”.

Os servidores já iniciaram a reação e a passeata na tarde desta terça-feira em Florianópolis, quando várias ruas e até as pontes Pedro Ivo e Colombo Salles precisaram ser fechadas para a manifestação de mais de mil pessoas, dá a ideia do tamanho do enfrentamento que o governo terá pela frente.

Servidores Públicos realizaram manifestação que começou na frente da Alesc e cruzou ruas e as pontes de Florianópolis | Foto Daniel Conzi/Agência AL

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