Pelas redes sociais, a notícia da redescoberta do mapa do Brasil enterrado na praça Coronel Amazonas, no centro de União da Vitória, teve centenas de curtidas e compartilhamentos. Apenas por aí dá para se ter uma ideia de como o assunto caiu no gosto da comunidade de União da Vitória e de toda a região. Dessa vez, o mapa não leva à tesouro algum: ele próprio é o tesouro.
Conforme material enviado pela assessoria da prefeitura, o mapa foi construído na década de 40, na gestão do então prefeito José Cleto, e estava soterrado há cerca de 20 anos, após uma intervenção na praça. O mapa era usado nas aulas de campo na disciplina de Geografia das escolas locais, que tinham o local como cenário de estudos práticos do desenho nacional. “É um momento marcante. Esse mapa, no coração da praça, diante da Catedral, é uma expressão de algo que teve sua grande importância e que vai continuar tendo, porque ele ressuscitou. Esse resgate histórico é importantíssimo”, avalia o historiador, Aluízio Witiuk.
Na semana passada, quando o “Brasil foi descoberto”, o vice-prefeito (que estava como prefeito na ocasião), Bachir Abbas, esteve pessoalmente no canteiro de obras para acompanhar o início desta redescoberta. “Foi emocionante. No momento em que eu ouvi o som da pá encontrando a base de cimento, percebi que havíamos recuperado parte de nossa história”, disse. “Vivemos um momento de esperanças e positivismo focado também no respeito aos valores pátrios. Ver esse mapa fantástico emergindo da clausura a que foi submetido justamente num momento em que estamos para dar posse ao novo Presidente da República, Jair Bolsonaro, torna a ação ainda mais forte. Espero que ele [o mapa] simbolize também o ressurgimento do Brasil como um todo”, destacou.
O mapa, conforme a equipe da prefeitura, será revitalizado, depois, protegido por piso de vidro blindado. A entrega à comunidade deve acontecer junto com as obras de restauração de toda a Coronel Amazonas. Iniciadas em 13 de novembro, as ações devem durar oito meses. “Vamos salvar e valorizar essa relíquia. União da Vitória ficou anos, décadas na verdade, escondida, com a sociedade se achando enfraquecida. Imagine! Um lugar maravilhoso como nosso município, com suas belezas naturais e história absolutamente fantástica, com sua gente trabalhadora ansiosa por ver União da Vitória voltar a crescer política e economicamente. E vamos continuar trabalhando para que isso não pare. Vamos continuar crescendo e arrumando a casa”, disse o prefeito de União da Vitória, Santin Roveda. Ainda, dentro deste contexto de resgate, a praça receberá de volta, também, um busto em homenagem àquele que é considerado o fundador de União da Vitória – e que dá nome ao espaço – o Coronel Amazonas.
A obra é assinada pela Construtora Giralda, de Araucária (PR), que aplica o projeto arquitetônico desenhado pela Secretaria de Planejamento da cidade. Os investimentos de R$ 1.610.453,30 são a fundo perdido e oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Valdir Rossoni. As ações no local incluem drenagem de águas pluviais, calçadas, canteiro, bancos, lixeiras, bicicletários, iluminação, a construção de dois quiosques, uma fonte interativa com espelho d’água, pergolado em madeira, um museu ao ar livre e arco decorativo, além do remanejamento de monumentos existentes: monumento rosa dos ventos e monumento mapa do Brasil.
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O link www.vvale.com.br/entretenimento/artigo-cidade-memoria-patrimonio-a-praca-coronel-amazonas/, leva ao artigo da professora Leni Trentin, publicado no jornal O Comércio e também no Portal VVale, em 2013. O texto dá mais detalhes sobre a praça Coronel Amazonas – e sobre o mapa.
