A equipe da SAVIG – Seção de Vigilância Aduaneira da Alfândega da Receita Federal do Porto de Paranaguá apreendeu na tarde de quinta-feira, 4, aproximadamente 1,2 tonelada de cloridrato de cocaína.
Segundo a Receita, a droga estava escondida em meio a uma carga de compensados de madeira, com a logomarca da empresa Macasil, de União da Vitória. Conforme a receita, a matéria prima da Macasil pode ter sido usada para embarcar a droga que tinha como destino o Porto de Antuérpia, na Bélgica.
Ainda segundo a fiscalização, os operadores das máquinas que monitoram as cargas viram os pacotes no momento em que a carga entrava na alfândega. A prática é corriqueira: Traficantes inserem a droga sem o conhecimento do exportador depois que a mercadoria é embarcada, prática conhecida como rip-on/rip-off.
Empresa se pronuncia
O proprietário da empresa Macasil, de União da Vitória, Dinomar Narzetti, disse em entrevista exclusiva para a Rádio CBN Vale do Iguaçu, que estava indo à Paranaguá com a documentação pertinente, e disse que os compensados com a marca da empresa certamente foram usados pelas quadrilhas para tentar embarcar a droga para a Europa.
“Estou indo a Paranaguá, mas posso adiantar que a Macasil leva os compensados até o porto, onde outras empresas fazem o despacho para vários lugares do mundo. O que eu posso dizer é que aquela carga não tinha notas de embarque da Macasil, logo, nossa matéria prima seria usada para disfarçar a cocaína”, explicou Narzetti.
O empresário disse que assim que se inteirar dos fatos vai se reportar com mais detalhes. Somente em 2019, a Receita Federal apreendeu 5,5 toneladas de cocaína no Porto de Paranaguá. A quantidade já é maior do que o total de cocaína apreendida em todo o anos de 2018.
Crédito de fotos: Receita Federal do Brasil/PR