Dólar dispara e bolsa cai com riscos fiscal e sanitário

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Atualizado há 3 anos

O dólar disparou ontem 2,14% e fechou o dia cotado a R$ 5,47, com a valorização no ano indo para 5,59%. O mercado já vinha incorporando uma série de sinais sobre a prorrogação do auxílio emergencial, como declarações de parlamentares e as dificuldades do governo em fazer andar o processo de vacinação no Brasil. Mas a decisão do Estado de São Paulo de endurecer as restrições de circulação diante da disparada recente de casos de covid, fez com que as apostas em novas medidas de suporte à economia ganhassem ainda mais corpo. Até porque as pressões dos entes da União vão aumentar.

Ontem, os secretários de Fazenda estaduais assinaram carta em que pedem prorrogação de calamidade e do orçamento de guerra por seis meses, com extensão do auxílio emergencial às famílias. E isso tudo significa para o mercado risco de deterioração das contas públicas. O resultado não poderia ser outro. Assim, o real teve o pior desempenho global do dia e da semana.

O Ibovespa, que caiu nas última quatro sessões, emendou a pior série desde o fim de outubro e, ao recuar 0,80%, para 117.380,49 pontos, teve perdas de 2,47% na semana e agora registra baixa de 1,38% no ano.