Artigo: As teses do amor

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Atualizado há 10 anos

Por Vanderlei Woytowicz

Não sabemos se algo vai pra frente se não dermos o passo número um e depois os outros, muito se fala das semelhanças e das diferenças no amor, o que é mais saudável ou não e, toda essa burocracia em amar. Se os opostos realmente se atraem eu não sei, mas que o atrito é mais forte provavelmente seja e estou acreditando mais nessa tese também porque viver batendo de frente com alguém cansa, da preguiça, raiva e é um chute no saco e nas duas bolas.

Se você é um cara legal, tem um bom caráter, sua energia é alto astral, gosta de ler, se o conhecimento te atrai, busca caçar os sonhos onde quer que estejam feito vaga-lume no claro, o oposto disso tudo em resumo resumido é quase que perda de tempo na sua vida, pode ser que lhe dê um gostinho na boca e nas entranhas de desafio, de tesão momentâneo e uma “catraquiada” é sempre bem aceita na vida de qualquer pessoa (não vamos praticar a negação aqui hein), mas nada mais que isso também. Um relacionamento saudável é tudo aquilo que até hoje não consegui seguir feito os dez mandamentos de Deus, mas é quando os casais se entendem, conseguem dialogar, que praticam a ajuda sem remuneração de troca, que conseguem se ouvir verdadeiramente depois dos palavrões e jogarem limpo o que pensam, mesmo que o limpo seja de cor preta. Vendo um vídeo do psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Flávio Gikovate hoje me desprendi de certas ilusões ilusórias demais pra mim naquele momento e caiu aquela ficha dos pêndulos cerebrais e fiquei meio que com o braço apoiando a cabeça pra não se deprimir a ponto de querer cair do pescoço e ele disse: “O amor não suporta tudo, o amor suporta e cria uma certa tolerância, até um certo ponto”.

Somos todos Doutores no quesito em achar que sabemos de tudo, mas ninguém sabe de nada até que vivencie na própria carne a coro vivo certas situações, é como andar de olhos vendados ouvindo uma voz com timbre roco e papo doce nos dizendo pra seguir em frente e mal sabemos nós que estamos indo direto ao precipício e você simplesmente acha que vai cair num rio de rosas e quando sente já era, ta todo quebrado e cheio de cicatrizes, às vezes o amor se resume á isso, achar que é, mas não é. Não somos fortes o suficientes até que tenhamos de ser.

Antes de você pensar que o mundo deve mudar, mude você primeiro e pratique as mudanças, só pensar não dá muito jeito na vida que queremos, então planeje um amor do qual queira viver e espere que ele venha e quando vir põe em prática as emoções quando planejado e não o cenário em que se passa o amor. Amar é o mal da vida se não for bem administrado, não se ama se queixando todos os dias da vida que leva do lado de alguém, não se ama querendo que a pessoa mude por ignorância sua, não se ama levando quatro mulheres pro motel, não se ama fingindo amar. Amor é leveza e confiança, somos todos estagiários nessa área e seremos eternamente até que encontremos a pessoa com quem queiramos compartilhar os sabores dos dias.

A vida pode ser um problemão se você a enxerga como problema, tudo se transforma naquilo que você pensa, pense no amor recíproco então e na vida a dois como um amuleto de sorte, atraia pessoas que tenham gostos parecidos com os seus e metas quase iguais, porque amar em parceria é amar de verdade. Mas e o que é o amor? Nem os grandes poetas conseguiram chegar á conclusão alguma.

Vanderlei Woytowicz é acadêmico do curso de Psicologia da Fundação Universidade do Contestado – FunC Porto União