Dia, mês da Mulher? Temos realmente o que comemorar?

Quem é mulher, já ouviu aquela velha frase no Dia Internacional da Mulher “Dia da mulher é todo dia”, “não é só o dia 8 de março” e assim por diante. Atire a primeira pedra a mulher que nunca ouviu algo parecido. Pois bem, pura verdade, mas só a frase não é mesmo? Tá mais para todos os dias tem mulher morrendo, apanhando, sofrendo e lutando pra viver.

Mas, devemos aproveitar as oportunidades que “nos dão”, para clamar por igualdade, poder, respeito e tudo mais.

Por isso, o mês de março é dedicado a causa, felizmente aqui no Vale do Iguaçu tem gente querendo mudar essa triste realidade.

O Grupo Mais que Amélias que trabalha com a prevenção, acolhimento e combate à violência feminina, criou o Instituto Rosas do Contestado – INROC que tem os mesmos objetivos. Esses grupos estão realizando durante todo este mês várias atividades voltadas a essa luta. Algumas já aconteceram e outras ainda estão programadas.

No domingo, 8, aconteceu na Praça Expedicionário em União da Vitória o sarau “Voz das mulheres”, que contou com exposições, memorial, apresentações culturais, roda de conversa e oficina de defesa pessoal.

Já na segunda-feira, 9, uma passeata reuniu alunos, professores, simpatizantes a causa para uma caminhada de conscientização pelas ruas do Vale. Nas mãos, cartazes pedido o fim da violência, informações sobre a realidade e canais para as denúncias.

As Escolas da região, estão recebendo oficinas sobre o tema. Até agora, alunos de Bituruna, Porto Vitória e União da Vitória já participaram e na próxima semana é a vez de escolas de Paulo Frontin e Cruz Machado.

No próximo dia 13 de março, acontece mais uma roda de conversa sobre o tema, com a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná, Maria Isabel Correa e com a vereadora de Curitiba professora Josete Dubiaski.

O tema do encontro é: “Controle social e a participação das mulheres na política”

O evento é aberto ao público e acontece na Câmara de Vereadores de União da Vitória a partir das 13h30.

Todos esses eventos foram pensados por mulheres que participaram do Mais que Amélias – o grupo já existe a sete anos e tem como fundadora a jovem Thais Bieberbach.

Dados do mapa da violência em 2012, tinha como destaque o município de União da Vitória, com registros de assassinatos de mulheres. Com isso, iniciou a mobilização. “Nós questionamos na época do porquê ninguém falava sobre o assunto. Foi então que surgiu o coletivo.  Segundo Thais, se existe uma frase de define o grupo até agora é “Sete anos de muito feminismo, empatia e diálogo”.

 Exposição Mulheres da Profissão

O ensaio fotográfico é assinado pela fotografa Luana Luise, que recebeu o convite poucos dias antes do evento. Em seis dias o resultado foi impressionante.

Fotografias que demonstraram que o lugar de mulher é onde elas quiserem. Sabe porquê? Porque não existe profissão que também não possa ser ocupada por elas que as vezes preferem a cor rosa, mas que também sabe da infinidade de uma paleta de cores.

A fotografa recebeu o convite como desafio, e com a repercussão positiva ela estuda ampliar as fotos para todo o mês de março. “Muitas pessoas me procuraram e uma história levou a outra. Conheci histórias bacanas que merecem serem compartilhadas”, diz a profissional.

Confira os cliques dos eventos:

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