A explosão das redes sociais por aqui possibilita-nos a notícias e vídeos ao vivo que, a aproximadamente vinte e poucos anos, eram mérito somente de rádio e televisão.
Impactantes mensagens enviadas ou encaminhadas nos levam a sentimentos, muitas vezes, que favorecem aos risos e as lágrimas.
No último sábado aconteceu comigo.
Sabia já a alguns dias que a vida lhe havia batido forte, que seu corpo a fraquejar procurava reerguer-se.
Entretanto confiava eu que o “menino grande”, saudável, forte e dinâmico se reanimaria para levantar e logo retornar as suas atividades.
Estava enganada. O desfecho da vida terrena para ingresso na outra vida, havia chegado.
A notícia veio pelas redes sociais.
Imediatamente um sentimento de grande tristeza insistiu em provocar-me lágrimas.
Lembrei-me da primeira vez, quando me encontrando já cansada de percorrer ruas atrás do que comprar, pés já “pedindo” para mandar os sapatos
longe, com um sorriso de cordialidade, abrindo os braços falou:
_TE DÁBLIO? Quer uma carona?
Um abraço daqueles que faz bem, você se sente protegida, respeitada, querida enfim pela bondade inesperada e que jamais se esquece.
Piloto, todos nós assim o chamávamos.
Jair Nunes, o seu nome, ficava para as apresentações radiofônicas.
Queria eu entender; POR QUE Piloto?
Pilotava alguma coisa? Uma condução, um projeto?
Nunca perguntei a alguém.
Para mim alguém que espalhava alegria e saia na frente.
Alguém que não aprendeu tudo em cartilha, com palavras e gestos, mas
Alguém que acredita em tudo o que é bom, naquilo que lhe faz bem porque faz o bem.
Uma bondade inerente que se transforma em atitudes sinceras.
Não mais aquele garoto de cabelos encaracolados, que herdou para sua filhinha, de sorriso largo e amistoso cruzará nosso caminho.
Siga em paz Piloto.
Você que tantas vezes deu notícias em cima da hora, nos diferentes recantos das cidades, passa a ser notícia, Jair Nunes.
De onde se encontre, receba a nossa oração. Que possa você mandar conforto a sua querida família e seus grandes amigos do Jornal e do Rádio.