O natal são muitos natais

·
Atualizado há 4 anos

Existem muitas razões para celebrar o Natal. O natal do menino Jesus para quem a religião é indispensável e se afilia ás tradições mais remotas ou o Natal do pai Natal, esse velhote barbudo de cara simpática que leva os mais pequenos ao delírio e faz as delícias dos comerciantes. Mas Natal é sempre Natal. E Natal é família.

É a altura de unir abismos e dar de nós aos outros. Mesmo que não acreditemos devemos aproveitar esta quadra em que a humanidade parece mais predisposta à união e aos afetos. Devemos fortalecer laços com os nossos, resolver desavenças e celebrar a passagem de mais um Natal em família. E se assumirmos o espírito por inteiro devemos pensar em quem se encontra ao nosso lado e não tem a sorte de ter com quem partilhar a época e dar também um pouco de felicidade e afeto a quem necessita. A família de Natal não tem quer ser apenas a família de sangue.

O Natal é confortar.  O Natal é relembrar os sentimentos bons, a compaixão e a solidariedade,  a confraternização e o amor.

O natal também podem ser os presentes e as prendas que não têm que ser necessariamente caras para ter valor. A lembrança pode ser uma extensão do nosso afeto quando nela colocamos a nossa criatividade e sabemos que transporta sentimento na mensagem. Escolher um presente com intensão e significado é também amor. O tempo que dispensamos a escolher ou a preparar mostra a importância da pessoa.

O Natal é o que quisermos que ele seja, o Natal é argumento para estarmos com quem amamos e agradecer.

O Natal é para os que acreditam na religião e para os que acreditam no amor.

O Natal é na sua essência respeito. Respeito por nós mesmos e pelos outros, respeito pelas crenças e escolhas de cada um.

O Natal é a propagação da boa energia mas também saber que há quem não a partilhe por diversos motivos.

O Natal é a altura de abolir diferenças e a humanidade se dar tréguas. Natal é descanso na partilha, é estar feliz por estar rodeado, é a privacidade partilhada.

Temos que respeitar a crença de todos, seja ela qual for. Mesmo se não for nenhuma, também tem que ser respeitada. Pois crença é uma escolha, escolha é um ideal e ideais são crenças.

Fabiano de Abreu 
Gestão geral grupo MF Press Global