“Ideia é restaurar áreas degradadas da Mata Atlântica”

Edilaine Dick, coordenadora do Projeto Alto Vale, afirma que a iniciativa também contribui com adequação de propriedades rurais. Porto União foi contemplada com plantio de mudas nativas

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Atualizado há 4 anos

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Plantio de mudas nativas em Porto União. (Fotos: Edilaine Dick)

Uma iniciativa que respondeu a contento de seus colaboradores.

De acordo com a coordenadora do Projeto Alto Vale, Edilaine Dick, deste o seu início, a iniciativa tem logrado êxito com a adequação de propriedades rurais e a restauração de áreas degradadas da Mata Atlântica e a conservação de mananciais hídricos e da biodiversidade no Alto Vale do Itajaí e no Planalto Norte de Santa Catarina.

O Restaura Alto Vale – que será executado de 2018 a 2022, prevê a restauração de 310 hectares de áreas degradadas localizadas em áreas de preservação permanente; restauração de dez hectares de áreas degradadas localizadas no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Lucindo; produção de 450 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica; intercâmbio e dias de campo com o público prioritário do projeto; educação ambiental e envolvimento da comunidade escolar e a produção de conhecimento científico sobre a restauração.

Segundo Edilaine, o Restaura Alto Vale tem o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O edital tem como objetivo propiciar o aumento da cobertura vegetal com espécies nativas, além de fortalecer a estrutura técnica e de gestão da cadeia produtiva do setor de Restauração Ecológica no Brasil”.
“O edital tem como objetivo propiciar o aumento da cobertura vegetal com espécies nativas, além de fortalecer a estrutura técnica e de gestão da cadeia produtiva do setor de Restauração Ecológica no Brasil”.

O edital recebeu mais de 70 propostas, sendo aprovados doze projetos, entre eles, o da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), localizado em Atalanta (SC).

“A associação dá o suporte técnico e doação de mudas de árvores nativas. Quando necessário, poderão ser fornecidos arames para construção de cercas. Em contrapartida o agricultor deverá fornecer os demais materiais necessários, além da mão-de obra para a construção das cercas, o plantio e manutenção das áreas em restauração”. 

A Apremavi já venceu em duas categorias o 27º Prêmio Expressão de Ecologia, a maior premiação ambiental do Sul e de maior longevidade no país. Este ano, o Prêmio teve a participação de 164 ‘cases’ inscritos das principais empresas, ONGs, prefeituras e entidades da região.


Porto União

A cidade recebeu no dia 1º uma das etapas do projeto, que foi o plantio de 600 mudas nativas de espécies variadas. A iniciativa aconteceu em uma área do Parque Municipal Monge João Maria, localizado na região do Complexo Turístico Morro da Cruz, sendo 2,89 hectares de floresta.

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Além dos técnicos da Apremavi, participaram representantes da prefeitura, Secretarias de Urbanismo, Cultura e Meio Ambiente e do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado (5º BE Cmb Bld) de Porto União.

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Como participar

Se você é agricultor e/ou proprietário de imóvel localizado no Alto e Médio Vale do Itajaí ou no Planalto Norte de Santa Catarina você pode participar do Projeto, falando diretamente com a Apremavi pelo telefone (47) 3535-0119, WhatsApp (47) 98855-7323 ou pelo e-mail viveiro@apremavi.org.br.


Critérios

 As áreas a serem recuperadas não podem ser áreas para as quais já exista obrigação de restauro estabelecida por: termos de compromisso, termos de ajustamento de conduta, autuações administrativas por infrações à legislação ambiental; decisões judiciais; e/ou, condicionantes de licença ambiental. É obrigatório ter realizado o Cadastro Ambiental Rural (CAR) de suas propriedades.