EFEITO DO FRIO: Crianças e idosos são as principais vítimas dos dias gelados

Mas, movimento nas unidades públicas de saúde não subiu tanto, na comparação com épocas mais quentes

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Atualizado há 8 anos

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(Foto: Bruna Kobus).

Por terem imunidade mais baixa, eles sofrem muito mais. Sentem mais frio, “captam” o vento de um jeito diferente, tremem ao sair do banho ou simplesmente mudar de roupa. Por isso, crianças e idosos “penam” quando a estação registra temperaturas abaixo dos dois dígitos. E quem mora no Vale do Iguaçu sabe bem o que é frio. Em uma semana, uma onda de gelo cobriu a região, presenteando as paisagens com geadas, quase diárias. O resultado pode não ser exatamente tão belo quanto o aspecto cênico.

Em União da Vitória, conforme a enfermeira Priscila Bianca Perizzolo Brittes, coordenadora do Pronto Atendimento (PA), do centro, há cerca de dez dias o perfil dos pacientes é outro. “Por conta do tempo, a gente percebe o aumento de crianças e idosos. Vem com tosse e febre, sinais claros da gripe”, conta.

Conforme ela, este acrescimento nos atendimentos é normal e neste ano, apesar do frio mais intenso, se manteve quase igual aos anos anteriores, onde o inverno – e a prévia dele – eram menos gelados. No PA, e na maioria das outras unidades, públicas e privadas, o que “salva a pátria” é a nebulização. O aparelho e a medicação são cedidos para quem consulta via SUS. “As pessoas vem e fazem inalação. Quem tem o aparelho em casa, continua fazendo lá. Quem não tem, pode voltar e fazer no posto mesmo”, explica Priscila. No PA do centro, o aumento de atendimento noturno, onde tudo fica mais complicado, já é de 40%.

GrXXficoXAsmaPerfil um pouco diferente vive a vizinha Porto União. Conforme o secretário da Saúde, Rogério Stasiak, as unidades se mantem estáveis, sem variação no volume de atendimentos por conta do tempo. “Sabemos que é muito comum, quando a temperatura baixa, ter este aumento. Mas este ano não tivemos nada de aumento”, comemora.

Para Stasiak, os bons números podem ser reflexo das intensas campanhas de vacinação e até dos cuidados que a população teve neste ano. “Dá a impressão de que o atendimento, de modo geral, diminuiu. Parece que as pessoas estão se cuidando mais, evitando sair de casa”, avalia. “Estes dias conversei com o Darci (diretor administrativo do Hospital São Braz) e relembramos que antes das campanhas tínhamos corredores lotados. Hoje isso mudou muito”, completa.

Postos e emergência

No Vale do Iguaçu as unidades de saúde oferecem clínico geral durante o dia, até às 17 horas, bem como nebulizadores e medicação (receita muito comum nesta época). À noite, os postos para atendimento de emergência devem ser procurados. Em União, o PA, que fica na Castro Alves, atende à comunidade. Em Porto União, é a unidade do centro, onde funciona a Secretaria de Saúde (no prédio do INSS), que recepciona este público.