Crescem vendas de tecidos para confecção de máscaras caseiras

Comerciante de União da Vitória afirma que o tipo tricoline foi o mais requisitado; Confecção de máscaras aumentou após recomendação do Ministério da Saúde

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Atualizado há 4 anos

Após apelo do Ministério da Saúde no sentido de estimular que as pessoas produzam suas próprias máscaras de proteção – diante do novo coronavírus, disparou as vendas de tecidos para confecção do utensílio.

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Proprietário de uma loja de tecidos em União da Vitória, Marcelo Weiwanko. (Foto: Carina Orth)

De acordo com o proprietário de uma loja de tecidos em União da Vitória, Marcelo Weiwanko, o setor voltou a ter movimento, após as atividades terem sido paralisadas por quase duas semanas, com o intuito de manter o distanciamento social.

“Houve sim um aumento em torno de 100% nas vendas de tecidos para confecção de máscaras, aventais e jalecos. Nesse período, praticamente não tem movimento na cidade e nas lojas. Pensando nas vendas de tecidos de modo geral o lucro é pequeno, mas já é um recomeço”, diz.

(Foto: Carina Orth).
(Foto: Carina Orth).

O comerciante conta que o tecido tipo tricoline 100% algodão foi o mais requisitado pelos moradores do Vale do Iguaçu para a confecção das máscaras artesanais.

Os preços variam dependendo da confecção, estampa e tipo de tecido, porém o valor do citado tricoline, fica em torno de R$ 25 reais o metro, e pode render em média 20 máscaras, fora os demais materiais utilizados para sua finalização, como é o caso do elástico, fio, entre outros.

No comércio de União da Vitória, como é o caso deste estabelecimento, as orientações são de restrição de acesso ao recinto, de forma que haja condições das pessoas manterem distância umas das outras.

“Comecei pela família e já tenho clientes”

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“O aprendizado maior – entre a relação agulha e linha, veio da sua mãe”

A ideia de confeccionar máscaras de tecido surgiu da necessidade da própria família. A dona de casa, Ivonete Portela da Luz, aproveitou o tempo livre e fez uma máscara aqui, outra ali. Algumas coloridas. Outras de uma cor só. A ideia surtiu bom resultado.

“Fui divulgando para os amigos e foram surgindo pedidos de máscaras personalizadas, estampadas. Apesar de o momento ser conturbado também tem sido uma experiência, pois com o distanciamento social estou em casa, assim como muitos. Dessa forma, o tempo passa bem depressa”, afirma.

Com oportunidade de renda extra, a moradora da Colônia Rio Vermelho, interior de União da Vitória, fez cursos de corte e costura, porém o aprendizado maior – entre a relação agulha e linha, veio da sua mãe.

A máscara é comercializada em média ao valor de R$ 5 reais.