No Vale do Iguaçu, 44,4% da população é contra um lockdown

Restrição é considerada uma das mais duras medidas contra a Covid-19

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Atualizado há 3 anos

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Mulheres e jovens são grupos mais favoráveis a implementação de um lockdown para conter a pandemia de Covid-19 no Vale do Iguaçu, aponta pesquisa encomendada pelo Grupo Verde Vale de Comunicação e aplicada pela Radar Inteligência LTDA. O levantamento ouviu 568 munícipes de União da Vitória e de Porto União entre os dias 16 e 19 de março. A margem de erro é de 3,4% para mais ou para menos.

Em um lockdown, apenas serviços considerados essenciais têm permissão para funcionar. Em alguns países da Europa que adotaram a medida, as pessoas são proibidas de sair de casa, tendo como exceções a saída para a compra de remédios, alimentos ou produtos de higiene ou ainda idas ao hospital. No geral, 44,4% da população do Vale do Iguaçu é contra a medida restritiva, enquanto que 42,6% se mostraram favoráveis. 13% não soube responder ou não quis opinar.

Gráfico Lockdown Contra a Favor

Entre as mulheres, 44% disse ser a favor do lockdown, sendo a maior taxa de respostas favoráveis a medida entre os gêneros. Consequentemente, a maior taxa de rejeição a essa restrição vem dos homens: 47,9% disse ser contrário a esse tipo de confinamento.

Pessoas com idade entre 16 e 24 anos, ou seja, a parcela mais jovem consultada, mostraram, em sua maioria, apoiar a medida: 53,4% desse grupo é favorável a um lockdown no Vale do Iguaçu. Em contrapartida, pessoas com idade entre 45 e 59 anos são as que mais rejeitam a ideia: para 51,3% desse grupo um lockdown deveria ser evitado.

Em um recorte por situação financeira, 51% daqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (2.200,00 reais) são favoráveis a medida, enquanto que 52,5% das pessoas com renda familiar de mais de cinco salários mínimos (5.501,00 reais ou mais) são contrárias.

Gráfico Economia Ajustado

Das áreas de atuação profissional, a do comércio é a única em que a taxa de reprovação a um lockdown é maior do que a aprovação: 55,2% desse grupo é contra a restrição. Enquanto isso, 51,9% dos profissionais da indústria, 50% dos profissionais domésticos e 45,2% dos profissionais da construção civil apoiam a medida. No recorte por função profissional, pessoas nos cargos de patrão ou proprietário se mostram, em maioria (57,3%), contrários ao lockdown. Quanto aos empregados, as opiniões mostram-se dividias: 45,7% apoiam essa forma de restrição, enquanto que 43% são contra. No caso dos autônomos, 49,1% não são favoráveis à medida.

Quando perguntados sobre os prejuízos que a pandemia pode trazer para o comércio, 91,1% dos consultados relatou acreditar que os impactos terão algum nível de gravidade: 56,1% disseram que os prejuízos serão graves; 37,9% que os prejuízos serão muito graves e 5,1% que os prejuízos serão pouco graves. Para 0,2% os impactos não terão gravidade. 0,7% não soube responder ou não quis opinar.