Paciente celebra vida após 60 dias internada para recuperação da Covid

Katia Feitosa, de 62 anos, está novamente em casa com seus familiares em União da Vitória

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Atualizado há 3 anos

Katia juntamente da equipe da APMI de União da Vitória

Katia de Lourdes Bonato Feitosa, de 62 anos, se deparou nos últimos 60 dias com o maior desafio de saúde da sua vida. Foi uma grande batalha contra o vírus respiratório. Hoje, ela e seus familiares podem respirar aliviados e celebrar a vida.

Moradora do Distrito de São Cristóvão, em União da Vitória, Katia de Lurdes testou positivo para Covid-19. Camila, uma de suas filhas, conta que foram dias difíceis, mas sem perder a esperança.

“Ela teve início dos sintomas em 15 de março deste ano, apresentando fraqueza, vômito, tosse, falta de apetite e diarreia. Ela foi levada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para consulta médica. O resultado que confirmou a doença respiratória veio no dia 26. No dia 27, minha mãe consultou no Hospital APMI por conta da descompensação da diabetes, onde necessitou de internação no mesmo dia. Foram realizados exames laboratoriais e tomografia, tendo como resultado o comprometimento de 50% dos pulmões, em razão do vírus”, diz.

Segundo Camila, após nove dias de internamento, os sintomas se agravaram. Sua mãe necessitou de intubação. “Também ficou na ventilação mecânica por uns 34 dias, com os pulmões já em 75% comprometidos”.

Katia e seus familiares

Ainda, Katia necessitou de hemodiálise, pois é transplantada renal. “O rim transplantado voltou a funcionar”, conta Camila.
Para a família, viver a Covid-19, foi como estar em uma montanha-russa, entre altos e baixos. Katia não desistiu e lutou bravamente. Ela deixou a UTI no dia 12, recebendo alta hospitalar no dia 25 de maio.

Hoje, ela faz uso do oxigênio com cateter nasal. Está com a mobilidade comprometida, devido ao tempo em que permaneceu acamada na UTI.

“Medo de perdê-la”

Embora sempre estivessem em oração, e com pensamento positivo, o pânico sobre o estado de saúde de Kátia tomou conta de seus familiares. “Tivemos medo de perdê-la, pelo fato das comorbidades, imunidade baixa e também conhecendo a letalidade desse vírus, com muitas vidas perdidas. Durante alguns dias, não tivemos notícias favoráveis quanto a recuperação dela. Cada evolução do quadro de saúde dela era uma vitória. Sua recuperação foi gradual e, por muitas vezes durante as visitas com o médico a notícia era de que o pulmão não respondia, que o rim transplantado parou e que necessitava de sessões de hemodiálise, chegando ao estágio gravíssimo da doença. Mantivemos a fé em Deus e confiança de que os médicos estavam fazendo o melhor por ela. E cada dia que passava era uma batalha vencida”, recorda Camila.

“Sempre foi muito guerreira”

Katia é uma pessoa de bem com a vida. Daquelas que gosta de amizades e que corresponde à todas elas, sem hesitar. Se você estiver de um lado da rua e ela do outro, não se preocupe, ela virá até você. Ninguém passa despercebido por ela, embora a sua presença seja ainda mais marcante.

Katia é casada e tem quatro filhos: Karla, Karin, Camila e Jean. Sua alegria também é compartilhada com os netos Ricardo, Marlon, Rafaella, Yves, Enzo, Ana e Morgana. “A mãe sempre foi muito guerreira e essa foi mais uma batalha vencida na vida. Somos imensamente gratos a Deus por nos proporcionar esse milagre, a toda equipe hospitalar que desempenhou o trabalho da melhor forma, de todos os familiares e amigos que rezaram pela recuperação dela”.