“Venci a Covid-19”, comemora jovem de Porto Vitória

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Atualizado há 4 anos

Jovem, sem doenças e de bem com a vida. Apesar do perfil saudável, Carolina Teixeria, 21 anos, precisou ficar 22 dias em isolamento domiciliar por ser infectada pelo coronavírus. Ela não necessitou de intubação. A Covid-19 afetou o pulmão dela, mas será tratável.

Na sexta-feira, 10, ela recebeu alta do tratamento.

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(Foto: Arquivo pessoal)

O diagnóstico de cura foi comemorado pelos moradores de Porto Vitória – sua cidade natal, e com aplausos da equipe do Hospital Maicé de Caçador (SC), onde Carolina é profissional da saúde.

“Senti que meu coração ia explodir de emoção. Sou muito a grata a Deus pela cura e todos pelo carinho”, afirma.

Carolina retornou ao trabalho nesta segunda-feira, 13.


Diagnóstico

Ela não sofreu preconceito, tampouco julgamento diante do diagnóstico positivo para a Covid-19. Afirma que o que a manteve com força foram os pensamentos positivos e as correntes de orações que dos moradores da pequena Porto Vitória, no Sul do Paraná.

A moradora que é pequena em tamanho, mas gigante em suas ações para ajudar o próximo, se recuperou em isolamento domiciliar, com apoio dos pais que testaram negativo para o coronavírus.

“Tive um quarto e banheiro exclusivos”, diz.

A jovem é profissional da saúde na cidade de Caçador (SC), com atuação em um hospital na cidade. Garante que desde o início da pandemia tem feito o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como é o caso da máscara e uso do álcool gel.

A jovem recebeu o resultado do exame no sábado, 27 de junho.

“Tudo começou no dia 18 de junho, passei mal em decorrência de crise renal. Foi então que passei o fim de semana ruim, sem reagir e no domingo fui levada ao Hospital Regional de União da Vitória para exames. A crise renal não passava e comecei a ter alguns sintomas como perda do paladar e do olfato, tosse e início de febre. Fui medicada e procurei um nefrologista que já requisitou a coleta do exame para a Covid-19. Fiquei em isolamento com a minha família até sair o resultado. Durante a semana, passei por vários picos de dores, como febre, leve falta de ar, perca total do paladar e olfato, dores abdominais, pressão alta e cefaleia intensa”, relata.


Na íntegra, o desabafo de Carolina pelas redes sociais.  

… “ Há exatamente 22 dias, me deparei com um resultado de exame “assustador”, o qual, desde o início desta pandemia eu temia para não recebê-lo. Foram dias cinzentos, noites em claro, mas sempre com uma esperança positiva que logo iria passar, esse pesadelo. Foram dias tristes, não podendo se quer sentar-se junto a mesa para fazer refeições diárias com a família, os avôs, matando a saudades por vídeo chamada e os amigos podendo ver apenas pelo vidro da janela. Um diagnóstico de um vírus “bipolar” que faz você passar a sentir todas as sensações de dores e medo, chegando a momentos do dia que você se sente “tão bem, curada.” Se passam então 20 minutos e eu estava mal novamente. O maior medo vivido nesses dias não era a complicação do caso clínico, mas sim contaminar a minha família, mas graças à Deus todos eles testaram “não reagentes” ao vírus. Não sinto vergonha por ter sido contaminada, pois não foi em nenhuma ” burlada de quarentena” que contrai e sim fazendo uma das coisas que mais amo e me dedico nesta vida, o meu TRABALHO. A fase que todos nós estamos vivendo atualmente é de renúncia. Estamos renunciando à nossa rotina, hábitos, vícios. Inclusive, essas renúncias nos fazem refletir mais sobre quem nós somos, sobre o significado de nossas vidas, o meu ser no mundo, qual a minha contribuição dentro de casa para com meus familiares e o medo de perder essas pessoas que eu tanto amo. Porém, foi necessário um “vírus” para olhar essas pequenas atitudes que deixava de lado por conta do meu dia a dia corrido. Saber que a ferramenta/remédio ideal para combater essa pandemia é algo tão simples como “água e sabão”, “lavagem das mãos” e “ficar em casa, sair só se for necessário”. Hoje agradeço primeiramente à Deus, por ter passado por esse obstáculo e estar saindo ilesa. Aos meus pais por terem largado tudo em prol da minha saúde. Aos familiares e amigos por segurarem a corda junto comigo me transmitindo energias positivas e orações e a Secretaria de Saúde de Porto Vitória, em especial à equipe de linha de frente do covid-19, por terem me recebido de braços abertos com um tratamento de qualidade, não medindo esforços em momento algum para nos ajudar. Que Deus abençoe todos vocês grandemente. Enfim, EU VENCI O COVID-19.

O ontem não é nosso para recuperar, mas o amanhã é nosso para ganhar ou perder”. (Lyndon B. Johnson)”