Adultos vão gastar mais no Dia das Crianças

Sondagem aponta ticket médio do presente 8% maior na comparação com o ano passado. Por outro lado, cai o número de consumidores intencionados a dar presentes

·
Atualizado há 5 anos

(Fotos: Mariana Honesko).
(Fotos: Mariana Honesko).

A penúltima data comemorativa comercialmente do ano será lembrada no fim de semana. É o Dia das Crianças, momento em que os lojistas decoram com muitas cores suas empresas, além de sentir a intenção de compras já para o Natal, o ‘gran finale’ do ano.

Sondagens das federações do comércio apuram em todo o País a intenção dos adultos em presentar um filho, um sobrinho, um neto. E os resultados vem sido expressivos e parecidos. O resultado mais comemorado é o aumento do valor do presente. Ele deve ser 8% maior que em 2018, girando em torno dos R$ 206. Por outro lado, conforme levantamento do Boa Vista, 65% dos entrevistados afirmaram que farão compras na data, uma queda de cinco pontos em relação ao ano passado, quando 70% dos consumidores afirmaram que comprariam presentes para o Dia das Crianças.

Entre os motivos para deixar o presente de lado, os consumidores têm justificativas: as dívidas, o desemprego, a necessidade de conter as despesas e a priorização do pagamento das contas da casa.


VALOR DOS PRESENTES

Eles variam, mas devem ficar na média dos R$ 200. No Paraná, sondagem da Fecomércio o valor é um pouco aquém, ficando em torno dos R$ 90. Já em Santa Catarina, dados também da Federação, o presente vai custar, em média, R$ 180


No Vale do Iguaçu, o perfil é bastante parecido com o restante do País. De acordo com o diretor de Relações Públicas da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Thiago Iwanko, o Dia das Crianças, a aposta é de que as vendas cresçam 6% na comparação com 2018. “É um crescimento que estamos tendo nos últimos dois anos e a gente espera repetir isso novamente, já que estamos focando nas crianças desde o começo do mês”, afirma.

Presentes mais procurados

A recomendação de Iwanko, compartilhada por quem está no comércio, é a seguinte: vá sozinho fazer as compras. Embora as lojas já estejam decoradas com muitas cores, personagens e até oferecendo espaço kids, para que o orçamento não seja ultrapassado e para que os baixinhos não deem “show’, a orientação, se acatada, pode garantir compras mais modestas – certeiras.

Divididos entre a vontade de agradar e os limites do próprio orçamento, muitos pais se veem em uma decisão difícil quando precisam dialogar com os filhos. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), metade dos entrevistados (51%) prefere escolher os presentes sozinhos ou com ajuda de outro adulto, enquanto 33% decidem em conjunto com a criança. Já 16% deixam a escolha unicamente para a criança.

Quanto ao momento da compra, 33% dizem que foram ou irão acompanhados da criança, ao passo em que 55% não foram ou não pretendem ir acompanhados. No entanto, mais de um terço (36%) admite que há pressão da criança para adquirir o presente que ela quer, sendo que 19% afirmam não ceder e 17% acabam comprando o produto.

Por isso, roupas e calçados ainda lideram o ranking das intenções. No pódio estão ainda os brinquedos e também os eletrônicos, como celulares, tablets e games. Livros, CDs e DVDs serão a opção de uma parcela menor e outros, ainda tem as viagens como presente.

Varejo e serviços devem abrir mais de cem mil vagas

Faltando três meses para as comemorações de fim de ano, os setores varejista e de serviços já vêm se preparando para um dos melhores períodos que promete aquecer o setor com a contratação de novos profissionais. Uma pesquisa realizada em todas as regiões do País estima que aproximadamente 103 mil vagas serão abertas até dezembro — um aumento de 43,8 mil postos de trabalho em relação ao previsto ano passado.

Em meio a um cenário mais otimista, o levantamento aponta um leve recuo de 72% para 69% no percentual de empresários que não têm a intenção de fazer contratações nesse fim de ano, sejam temporários, informais, efetivos ou terceirizados. Por outro lado, houve um aumento de 17% para 23% o percentual dos que contrataram ou devem contratar ao menos um novo colaborador. A principal justificativa para os reforços do quadro de funcionários é atender ao aumento da demanda neste período do ano, com 88% das menções.

A pesquisa também mostra que a maior parte (48%) dos empresários consultados deve contratar mais este ano do que no ano passado, enquanto 37% planejam abrir o mesmo número de vagas. Apenas 9% pretendem contratar menos funcionários. Considerando os que irão ampliar o quadro, 41% acreditam que a perspectiva de retomada da economia deve refletir no aumento das vendas.

“Essa é uma ótima oportunidade para quem busca o primeiro emprego, para que entre como temporário e consiga que ele se torne efetivo”, diz Iwanko. No Vale, as contratações para o trabalho de final de ano começam especialmente na metade do mês que vem.

Formas de pagamento

Também segundo as sondagens, para pagar as compras deste ano, 55% irão fazer o pagamento à vista e 45% de forma parcelada, o que representa um aumento de 13 pontos em relação ao ano passado. Entre os que pagarão a compra à vista, 41% utilizarão dinheiro em espécie, 32% o cartão de débito, 19% cartão de crédito, 8% no carnê ou boleto e 1% com cheque. Entre os 45% que parcelarão o valor do presente, 93% usarão o cartão de crédito, 6% o carnê ou boleto e 1% o cartão de débito programado.