A recente ativação da bandeira vermelha patamar 2 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indica um aumento significativo no custo da energia elétrica. Esse patamar, que não era acionado desde agosto de 2021, sinaliza que a geração de energia está enfrentando condições bastante desfavoráveis devido à seca prolongada e às chuvas abaixo da média.
Aqui estão alguns pontos chave sobre a situação atual:
- Aumento na Conta de Luz: Com a bandeira vermelha patamar 2 em vigor, os consumidores terão um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Isso ocorre porque a geração de energia está sendo feita principalmente por termelétricas, que são mais caras do que as hidrelétricas.
- Causas: A decisão de acionar essa bandeira foi motivada pela previsão de chuvas abaixo da média para setembro, o que resulta em uma menor afluência nos reservatórios das hidrelétricas. Atualmente, a previsão é de que esses reservatórios fiquem cerca de 50% abaixo da média esperada.
- Impacto Climático: Além da seca, o aumento das temperaturas em todo o país também contribui para a maior utilização das termelétricas, que são menos eficientes e mais onerosas em comparação com as hidrelétricas.
- Histórico: Desde a criação do sistema de bandeiras tarifárias pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras visa estimular o uso consciente de energia e refletir os custos reais de geração no valor da conta de luz. A bandeira vermelha patamar 2, em particular, é acionada em situações de escassez severa e alta demanda.
- Contexto Recente: Desde abril de 2022, o país estava experimentando bandeiras verdes, que indicam condições normais e sem custo extra. Apenas em julho de 2024, a bandeira amarela foi acionada, indicando condições menos favoráveis, antes de retornar à bandeira verde em agosto.