Com investimento pequeno, food bike é nova onda após food truck

No Vale do Iguaçu já tem algumas rodando. Ideia é aumentar negócio

·
Atualizado há 8 anos

BIKEXFOODX-XESCOLHAXX2X
Empreendedor quer aumentar os negócios e difundir a cultura da bike food pelo Vale: é sustentável, garante. (Foto: Bruna Kobus).

A onda de cozinhar e vender comidas “sobre rodas” parece que caiu mesmo no gosto dos brasileiros. Aqui no Vale do Iguaçu a ideia dos trucks estacionou no ano passado, já as bikes desde o início do ano, com Juliano Armando dos Santos. O empreendedor teve a ideia depois de uma viagem. “Eu vi uma bike vendendo brigadeiro, mas não era o seguimento para mim, e resolvi adaptar o conceito da bike com outro tipo de negócio”, conta.

Hoje a Sonho Meu vende um pouquinho de quase tudo. Tem bolo de potinho, salgadinhos, sonhos, doces e frutas. A produção também é dele, em conjunto com a esposa, Lucilda Cochack, que cozinha em casa.

Os pedidos são feitos pela página na internet ou com a ajuda do WhatsApp. “Disponibilizo a quantidade certa do produto, no lugar certo. O melhor dia e horário para a comodidade do cliente”, comenta.

O vendedor tem uma rota de bairros por onde passa toda semana, pedalando. Segundo ele o bom da bicicleta é que o custo não é alto e, de quebra, é sustentável. “Por ser um negócio barato e atraente comparado a um food truck, faz bem à saúde e desafoga o trânsito”, comenta. “É uma alternativa prática e econômica sobre rodas, além de sustentável, a bicicleta pode ser uma forma mais barata de empreender”, completa.

Santos tem duas bike foods rodando pelo Vale do Iguaçu e pretende expandir. “A vantagem é que posso ir aonde o cliente está. Quero mais bikes pela cidade, para abranger mais clientes e tonar o conceito da bike food mais conhecido”, conta.

Já com relação às vendas, os números só aumentam, a cada dia. “Os nossos clientes estão adorando a ideia da bike food e elogiam pela inovação”, sorri.

Legalidade

Santos, antes de entrar nessa onda, já atuava como vendedor, só que em Curitiba. Por lá a conceito já é bem conhecido e os legisladores trabalham para regularizar a atividade, assim como os food trucks.

Contudo, até agora não existe uma lei que regulamente a bike food, apesar dela seguir o mesmo esquema de “cozinha sobre rodas”, as bikes ainda rodam por aí sem alvará. Existe, sim, um Projeto de Lei na Câmara dos Deputados, de autoria deputado Rogério Rosso do PSD/DF. Nele a bike food é classificada como “veículo de propulsão humana destinado à comercialização de gêneros alimentícios de caráter eventual e de modo estacionário, não possuindo ponto fixo nem mesmo concorrendo com o comércio local de forma permanente.”

Também no PL não há restrição ao tempo de permanência em local específico da bike. Fica, também, a responsabilidade da Vigilância Sanitária fiscalizar esse tipo de comércio, ao Contran regulamentar às especificações técnicas sobre as dimensões e características dos veículos automotores de que trata esta lei, de forma a preservar à segurança no trânsito, à fluidez, ao conforto e à defesa ambiental, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro. E, a Anvisa fica responsável técnica por expedir norma regulamentadora sobre o comércio de alimentos em vias e áreas públicas previstos nesta lei.

Para Santos a ideia é expandir os negócios e cobrar dos vereadores tanto de Porto União quanto de União da Vitória uma proposta para regulamentar as food bikes. “Assim é até mais fácil trabalhar”, argumenta.

Conheça

Para fazer pedidos e conhecer um pouco mais da food bike Sonho Meu, acesse facebook.com/jxuaze. Ou ligue para (42) 8852-8598.