DIA DAS MÃES: Crise econômica não inibe gastos com presentes

Otimismo presente no Vale do Iguaçu não combina com expectativas para o restante do País. Lembrancinhas devem marcar a comemoração da data

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Atualizado há 8 anos

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Data é o segundo Natal para os lojistas: comemoração é neste domingo

Menos presentes e agradinhos bem mais baratos. Este deve ser o perfil da comemoração do Dia das Mães, lembrado no próximo domingo, 8, em boa parte do País. O diagnóstico vem de pesquisas nacionais e apontam para um ano de compras mais tímidas, tanto na quantidade de consumidores que as farão quanto no valor dos presentes. A estimativa é fruto da crise financeira que cobre o País.

Segundo a Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a queda é de 4,1% neste ano. Se confirmada, este será o pior desempenho da data em 12 anos. Apesar da previsão, a entidade estima que a data irá movimentar cerca de R$ 5,7 bilhões. O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo em volume de vendas e faturamento, ficando atrás apenas do Natal.

Contudo, o perfil nacional não combina com a maré do Vale do Iguaçu. É que na região, mesmo em tempos de crise, as mamães serão lembradas. A forma de pagamento mudou, mas, as compras seguem efervescentes. Conforme levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), o número de consultas ao SPC nesta semana já é superior ao mesmo período do ano passado. A conta mostra que o consumo ocorre, porém, com pagamento à prazo. Em menor quantidade soam as quitações à vista. “Mesmo em tempo de crise, as mamães estão sendo lembradas e parece que o pessoal está investindo um pouco mais do que no ano passado”, confirma o presidente da entidade, Luciano Karpovisch.

Para as floriculturas o Dia das Mães é, realmente, o Natal. É que na data, de botões de rosa à orquídeas raras, as flores tem boa saída. A maioria dos estabelecimentos do gênero aposta suas fichas na data, de novo. Na Bella Flor, no centro de União, por exemplo, as compras devem se concentrar mesmo no final de semana. Mas, a sondagem do que levar, já começou. A floricultura dispõe de flores que começam com R$ 6. Há exemplares, porém, com valor girando perto dos R$ 200. Bom para todos os gostos e bolsos.

E se o problema é preço, as casas de comércio popular podem ser boas alternativas. No Mega 10, também no centro, a linha de confecção já tem boa procura. Promoções que oferecem cestas de beleza como prêmio também atraem novos clientes. “O pessoal tem comprado roupas, especialmente, mas também utilidades para casa, já para ajudar as mamães que precisam e as vezes não podem comprar”, explica a gerente da loja, Jucélia Aparecida Viana Maieski.

Outra opção de presente está na casa de artigos religiosos. Para a maioria das mães, não tem erro: crucifixos e roupas com símbolos sacros agradam. Na Célio Artigos Religiosos os presentes para elas giram em torno dos R$ 30. São pingentes, camisetas, livros e CDs. Para quem é mãe, e católica, pode dar certo.