Dia dos Pais empolga, mas nem tanto

Vestuário e calçados continuam sendo os grandes protagonistas das datas comemorativas

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Atualizado há 8 anos

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Comércio se prepara para mais uma data: empolga, mas vendas ainda são menores. (Fotos: Bruna Kobus).

Neste ano, os papais vão andar mais bem vestidos. É que conforme a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), o ano é mesmo das roupas e dos calçados. Pelo menos, no Vale do Iguaçu, é isso o que mostrou as compras para o Dia das Mães e dos Namorados. Em ambas as datas, o setor foi o que mais esteve movimentado, embora as vendas tenham ficado praticamente iguais as de 2015.

Para agosto, quando os pais são lembrados, a aposta é de que novamente este ramo tenha a preferência dos filhos. Porém, a expectativa é de que as vendas sejam menores do que as últimas duas datas expressivas (mães e namorados). E, desta vez não é pelo bolso, mas pelo contexto do ‘pai’ nas famílias. “É que o homem acaba sempre dizendo que não precisa de nada, que não quer ganhar nada e às vezes é até ele quem paga a conta”, sorri o presidente da CDL, e também pai, Luciano Karpovisch. “Mas, mesmo assim, movimenta alguma coisa, embora seja diferente do Dia das Mães, por exemplo”, completa.

Para o sucesso deste 14 de agosto, Karpovisch aposta nas liquidações de inverno e na estreia do “Super Liquida”, evento que deve fazer jus ao seu nome de batismo. Será no Shopping Vale das Cachoeiras, entre os dias 3 e 7 do próximo mês. “Onde teremos especialmente vestuário e calçados. E a expectativa é de até 50% de desconto”, antecipa o presidente da entidade. Além disso, na véspera do domingo “deles”, as lojas ficam abertas até mais tarde. Como de costume, até às 16 horas.

Bolso compatível com a vitrine

diadospais-economia-valedoiguacu2Para o economista Roberto Farias, o clima financeiro ainda é de instabilidade, o que exige um pouco mais de atenção de quem quer presentear. Vale pesquisa, vale também pensar no que é imaterial. “Estas épocas tem um significado espiritual, mas não podemos comprar só pela emoção, sem ver o resultado. Podemos comprar algo bom, mas dentro do que é possível e também lembrar de uma conversa com o pai, um abraço, o que faz realmente a data ser bonita”, recomenda.

De toda a forma, comparar preços e as condições de pagamento são dicas que não caem de moda. Pensar no presente e no quanto se pode gastar nele antes de sair de casa, é a sugestão de Farias. “Temos que calcular as contas do mês, das obrigações que temos além dos presentes”, diz.

Previsões nacionais

Os institutos de pesquisa ainda não divulgaram uma previsão das intenções de compra para a data. Contudo, isso deve ocorrer já nos próximos dias. Conforme a Fecomércio, a data ainda é a terceira mais importante para o segmento.

In memoriam

Quem já perdeu o pai também dedica um pouco do seu tempo para lembrar quem deu colo, abraço, afeto. Por isso, as floriculturas são procuradas na semana e dias que antecedem a data. Para quem já foi, vasos de crisântemos e calandiva são os mais procurados. “E tem quem também deixa uma rosa sobre o tumulo. É lindo”, comenta Norma, dona da Kika Flores, de União da Vitória.

A proprietária da Midori Flores, de Porto União, confirma o carinho dos filhos e o movimento extra para a data. “Os pais falecidos são bastante lembrados nestas datas, com certeza”, diz. A crise financeira também aparece nestes endereços, o que faz com que os vasos mais caros sejam substituídos pelos mais simples, de valor inferior. Mesmo assim, uma margem de lucro sempre aparece, embalado para presente.