DIA DOS PAIS: Lojistas apostam no movimento da data

No Vale do Iguaçu, comércio decora vitrines e investe em promoções. Em vendas, Dia dos Pais empata com o Dia dos Namorados

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Atualizado há 5 anos

Ofertas e promoções oportunizam a compra (Fotos: Mariana Honesko).
Ofertas e promoções oportunizam a compra (Fotos: Mariana Honesko).

Pais jovens. Pais mais velhos. Pais que são pais de verdade. A figura do pai, tão presente na vida de uma família, também tem data especial. Ela cai sempre no segundo domingo de agosto e neste ano, será lembrado no dia 11.

No setor comercial, a data representa compras, movimento e economia. Embora não seja comparada com o Dia das Mães (data que só fica atrás do Natal), o Dia dos Pais também empolga.

Para este ano, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) aposta em crescimento de vendas, na comparação com 2018. Animados, os comerciantes de União da Vitória e Porto União, preparam há algumas semanas suas vitrines e sua cartela de opções para negociar. A oferta de brindes acima de um determinado valor de gasto no ticket, também mexe com a intenção dos familiares. “É uma data importante e o comércio já leva ela como promocional. Os lojistas vêm se preparando para isso. A data sempre se caracteriza pelo Inverno e por isso, as roupas e calçados devem sair bastante. Mas, existe o pai churrasqueiro, o pai que gosta dos eletrônicos”, avalia o empresário e diretor do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da entidade, Silvio Iwanko.

No ranking de bons negócios, o Dia dos Pais empata com o Dia dos Namorados

Na região do Vale do Iguaçu, sondagens da CDL apostam nas compras que girem em torno dos R$ 200, em média.

Iwanko: valor do presente deve custar cerca de R$ 200
Iwanko: valor do presente deve custar cerca de R$ 200
Com o bolso leve

Ainda que o momento não seja exatamente oportuno para grandes compras, é possível presentar o papai sem comprometer o orçamento ou ficar com dividas por muito tempo. “Não adianta dar um presentão e depois ficar comprometido”, alerta Iwanko, lembrando sobre a necessidade de planejamento da compra.

Dividir o valor da compra no crediário próprio, usar cartões da própria loja e tentar pagar à vista, são alguns dos caminhos para comprar e não ficar apertado.

Uma pesquisa sobre o assunto, feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que três em cada dez brasileiros ainda usam crediário. “Embora venha perdendo força com a popularização de outras modalidades de crédito, especialmente nos grandes centros urbanos, o crediário ou o cartão de loja continua presente na vida do brasileiro. A falta de condições para realizar o pagamento à vista em dinheiro foi o principal motivo que levou os entrevistados a recorrer ao crediário nesse período (35%), principalmente entre as pessoas de renda mais baixa (40%). Outros 25% viram vantagem na pouca burocracia exigida pelos estabelecimentos comerciais – número que aumentou em 12 pontos percentuais em relação ao ano anterior”, informa, parte do texto.

Com o nome sujo

Apesar das vantagens, todo cuidado é pouco no uso do crediário, já que o aumento do poder de compra também pode levar o consumidor a se endividar. Prova disso é o fato de 44% dos usuários de crediário já terem sido negativados, segundo a pesquisa da CNDL e do SPC, por não cumprir com o pagamento das parcelas.

A boa notícia é que o número representa uma diminuição de 15 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Outra boa notícia é que 31% já conseguiram regularizar sua situação, mas 12% ainda estão com o nome sujo – taxa que também representa queda em relação a 2018, dessa vez, de 13 pontos percentuais.

Oito em cada dez entrevistados (81%) que possuem algum crediário garantem estar com as parcelas em dia, enquanto apenas 10% estão com pagamentos em atraso. A baixa inadimplência no crediário tem relação com a responsabilidade de parte significativa dos consumidores em acompanhar de perto suas finanças.

Sete em cada dez (69%) afirmaram realizar o controle dos pagamentos das compras realizadas pelo crediário, seja por meio de caderno, agenda, papel (33%), em planilha de computador (21%) ou aplicativo do celular para finanças pessoais (15%). Ainda assim, 30% não costumam fazer esse tipo de controle.