Cerca de 700 toneladas de rejeitos industriais, incluindo resíduos plástico complexos vindos de grandes empresas, como fabricantes de papel, fibra ótica, materiais de higiene e até mesmo da Casa da Moeda do Brasil, são reciclados pela Inbrasil de União da Vitória todos os meses. Seria um dado simples se não correspondesse ao número total consumido de plásticos da região norte de Santa Catarina e da região sul do Paraná em um mês.
Foram 10 anos de desenvolvimento de processos industriais, para resolver o problema ambiental de outras empresas, transformando rejeitos em receita. Toda essa matéria prima – caso não a processasse – teria como destino o aterro sanitário. Além disso, todo o processo produtivo da empresa segue normas sustentáveis.
“Você pode usar um componente plástico, um óculos, uma peça de roupa de plástico, um copo descartável e jogar no lixo, mas é importante saber que os nossos tataranetos vão ter de tratar esse lixo um dia. Então o nosso trabalho é o de aproveitar como matéria prima um resíduo jogado fora por outros”, afirma Marco Strle, presidente da empresa.
O material é transformado em um produto cujo processo produtivo é único no mundo: a madeira plástica. Com aparência quase idêntica à de uma madeira real, as peças passam despercebidas aos olhos, mas sua praticidade e durabilidade vão muito além.
Com duração que supera os 10 anos intactos, a madeira plástica já começa a dominar cenas cotidianas de várias cidades, sendo usada em lixeiras públicas, bancos de praça, pergolados e muitos outros.
Fundada em 1994, a Inbrasil expande sua linha de materiais a cada ano, transformando “lixo em luxo”, e fazendo seu papel ecológico não só na região, mas também no mundo. Em uma década, a empresa reciclou mais de 50 mil toneladas de rejeitos plásticos vindos de várias partes do Brasil.