Estado e Senar vão ampliar capacitação em gestão de colmeias do Poliniza Paraná

Objetivo é levar conhecimento técnico para o manejo adequado das colmeias e para o trabalho de educação ambiental com a população. O Poliniza Paraná atua na conservação de abelhas nativas sem ferrão. Até o momento 52 municípios e 10 unidades de conservação receberam as colmeias.

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Atualizado há 5 meses

O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar-PR) assinaram um Termo de Cooperação Técnica para capacitar os gestores fiscais dos municípios que participam do Poliniza Paraná.

Esse projeto do governo estadual visa conservar as abelhas nativas sem ferrão (ASF) e divulgar a importância do seu serviço ecossistêmico na polinização. A iniciativa também já levou à instalação de colmeias em diversos espaços públicos. Até o momento 52 municípios e 10 unidades de conservação receberam as colmeias.

O termo foi assinado nesta quarta-feira (13) pelo secretário da Sedest, Valdemar Bernardo Jorge, e o presidente do Sistema Federação da Agricultura do Paraná (Faep/Senar-PR), Ágide Meneguette. A solenidade foi na na sede da Faep, em Curitiba.

A parceria também tem como objetivo ampliar as ações de educação ambiental previstas no projeto, com a distribuição de livretos educativos sobre as abelhas nativas sem ferrão, através do Projeto Agrinho.

O trabalho conjunto é uma forma de fortalecer o projeto Poliniza Paraná, que é uma iniciativa pioneira e inovadora, que busca recuperar as populações de abelhas sem ferrão. As ASFs são responsáveis pela polinização de cerca de 90% da Mata Atlântica, bioma predominante no Estado.

“Queremos capacitar os gestores para que eles possam fiscalizar e acompanhar as colmeias garantindo o seu bom funcionamento e a sua sustentabilidade. Além disso, essa ação é fundamental para ampliar o projeto para outros municípios e unidades de conservação do Estado, levando o Poliniza Paraná para mais lugares e beneficiando mais pessoas”, afirmou.

Foto: Patryck Madeira
Assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre Senar-Pr e Sedest | Foto: Patryck Madeira

CONHECIMENTO TÉCNICO

Para que as colmeias do meliponário possam permanecer saudáveis e íntegras, é fundamental que seus gestores tenham conhecimento técnico para o manejo adequado das colmeias e para o trabalho pedagógico com a população.

Por isso, a parceria entre a Sedest e o Senar-PR vai oferecer cursos de capacitação aos gestores fiscais dos municípios e das Unidades de Conservação Estaduais, que são os responsáveis pela fiscalização e pelo acompanhamento dos meliponários instalados em seus territórios.

A capacitação vai abordar temas diversos como biologia, ecologia, instalação, sanidade das ASF, além de fomentar a utilização de material didático para trabalhar o tema da meliponicultura nas escolas.

Ágide Meneguette destacou que o Senar-PR tem uma longa experiência na capacitação de produtores rurais e de agentes públicos, com mais de 30 anos de atuação. Segundo ele, o Senar-PR vai disponibilizar instrutores capacitados e material didático de qualidade para os cursos de capacitação dos gestores fiscais.

“A meliponicultura tem se desenvolvido e crescido no Paraná, permitindo que muitos produtores rurais diversifiquem as atividades dentro da porteira e aumentem a renda. Como o Senar-PR tem diversos cursos na área e instrutores atualizados, podemos contribuir para o avanço do programa Poliniza Paraná, que estimula a instalação de colmeias de abelhas nativas sem ferrão em diversos espaços públicos”, ressaltou.

Foto: Patryck Madeira,
Assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre Senar-Pr e Sedest | Foto: Patryck Madeira

POLINIZA PARANÁ

O projeto foi lançado em janeiro de 2022, seguindo o exemplo dos Jardins de Mel de Curitiba, e utiliza sete espécies de ASF: Guaraipo, Jataí, Mandaçaia, Mirim, Manduri, Tubuna e Iraí. A iniciativa busca reintroduzir os polinizadores nativos em seus locais de origem, contribuindo para a reposição das populações de ASF na natureza e para a manutenção da biodiversidade paranaense. Além disso, visa sensibilizar a sociedade sobre a consciência ecossistêmica e a compreensão do funcionamento harmonioso da natureza.

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