IBGE: Habitação é o maior gasto das famílias brasileiras

Enquanto 2,7% das famílias acumularam cerca de 20% dos rendimentos totais, 23,9% viveram com menos de dois salários mínimos, revela pesquisa

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Atualizado há 5 anos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta, 4, os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). A pesquisa traz dados sobre a composição orçamentária doméstica e condições de vida da população.

Segundo informações do UOL, a coleta da pesquisa foi realizada nas áreas urbana e rural do País, entre junho de 2017 a julho de 2018.
A despesa mensal média das famílias brasileiras neste período ficou em R$ 4.649,03, oscilando entre R$ 4.985,39 nas áreas urbanas, e R$ 2.543,15 nas áreas rurais.

Um dos dados resultantes da POF que mais exemplifica a desigualdade social do Brasil é que apenas 2,7% das famílias acumularam cerca de 20% do total da renda entre 2017 e 2018. São 1,8 milhão de famílias com renda superior a dez salários mínimos referentes à 2017 (R$ 954), que acumularam 19,9% de rendimentos totais, em salários ou variações patrimoniais.

Contrastando com esse dado, 23,9% das famílias brasileiras viveram neste período com um orçamento mensal de até dois salários mínimos. Foram essas famílias que, com menos de R$ 1.900, comprometeram 61,2% de seus gastos mensais à alimentação e habitação.

Já os gastos de alimentação, habitação e transporte comprometem 72,2% dos gastos familiares, segundo a POF. Porém, os gastos exclusivos de alimentação caíram, enquanto os de habitação e transporte cresceram, em comparação com a primeira POF, feita entre 1974 e 1975.

Na primeira edição da pesquisa, a alimentação ocupava 33,9% dos gastos e caiu para 17,5% entre 2017 e 2018. O que antes era o maior gasto, caiu para terceiro, enquanto a habitação toma 36,6% e o transporte 18,1% das despesas.