PÁSCOA: Data deve aumentar 3,5% as vendas de supermercados e lojas do ramo

Federações do Comércio, de Santa Catarina e do Paraná, projetam crescimento

·
Atualizado há 6 anos

(Foto: Mariana Honesko).
(Foto: Mariana Honesko).

Vem aí a Páscoa, a primeira data comemorativa para o varejo. A data deve impulsionar as vendas do mês, mesmo que a comemoração seja apenas no dia 1º de abril. O produto que detém tradicionalmente a maior participação nas vendas do varejo é o chocolate sob diversas formas, sendo a mais popular, o ovo de Páscoa.

Porém, a cada ano, vem se ampliando o leque de opções de produtos comercializados, desde vestuário e calçados, livrarias e papelarias, alimentação e outras formas, especialmente para o público infantil, considerando-se a postura de muitos pais de evitar que seus filhos consumam doces e chocolates em excesso.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), diante de todas essas possibilidades, projeta crescimento de 3,5% no setor de supermercados. Na Páscoa de 2017, o setor havia crescido 2,99% em comparação ao mesmo mês de 2016.

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que 50% dos supermercadistas preveem vendas iguais às de 2017 e 32,9% esperam vendas superiores. Segundo a entidade, na Páscoa passada apenas 12,1% dos comerciantes estimavam vendas maiores. O estudo destaca ainda que outros produtos como cervejas, azeites e peixes em geral também deverão fazer parte das compras.

As projeções otimistas decorrem, principalmente, da retomada gradual do consumo das famílias, motivadas pela confiança em relação ao emprego e pelo acesso ao crédito, que voltou a ser facilitado.

Em 2017, em Santa Catarina, o ticket médio na Páscoa subiu 5,5% na comparação com 2016, passando para R$ 106,48 por compra. No entanto, a queda geral no volume de vendas impactou no faturamento do setor (-3,81%) em relação ao ano passado. Já na comparação com os meses comuns do ano, as vendas subiram 8%. Conforme o presidente da Federação, Bruno Breithaupt, os lojistas estiveram mais ajustados no ano passado ao cenário econômico e ofereceram nas gôndolas produtos para todos os bolsos. Para este ano, a Federação Catarinense ainda (até o final desta edição) não divulgou a estimativa de compras dos consumidores.

No Vale do Iguaçu

pascoa-economia-valedoiguacuXX1XComo já mostrou O Comércio na semana passada, no Vale do Iguaçu, o comportamento dos supermercadistas reflete o saldo de 2017, quando o doce foi substituído, em parte, pelas barras e bombons. Preço alto e relação custo-benefício, interferiram na atitude do consumidor. O investimento em compra pelos supermercados será menor, mas todos os entrevistados na reportagem afirmam que já estão expondo com destaque os produtos – principalmente os ovos de Páscoa, que são atração principal das crianças.

De modo geral, os supermercadistas apostam na venda de produtos que vão acompanhar as ceias de Páscoa. Devem ter boa saída, portanto, a linha de carnes e de peixes, bem como os produtos da confeitaria, como pães e bolos, para as sobremesas destes encontros familiares.

Ainda dentro da produção de chocolate, ganham espaço na Páscoa as confeiteiras e doceiras que, de maneira artesanal, investem no uso de bons produtos para oferecer um resultado diferente para o consumidor.

Os tradicionais chocolates lideraram a lista de presentes, à frente das roupas, calçados e brinquedos. Novamente, os chocolates industrializados em geral, como barras e caixas de bombom- venderam mais do que os ovos de páscoa industrializados e artesanais

Emprego no Paraná

Com relação ao mercado de trabalho, o aquecimento das vendas para a Páscoa também motiva a criação de empregos temporários, tanto na indústria como no comércio. A Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt) projeta a contratação de 50 mil a 55 mil funcionários.  É o que ocorre tradicionalmente com a indústria de chocolates, que além de trabalhadores para fabricação dos ovos de chocolates e afins, também precisa de pessoal para realizar o empacotamento, estocagem e logística de distribuição nos diversos pontos do varejo que comercializam o produto. O estado do Paraná deve contratar em torno de 3 mil colaboradores especificamente para atender às demandas de Páscoa.