O prédio é um tanto antigo, já passaram 44 anos de Apae e a estrutura já pode contar uma bela de uma história. Na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Porto União adaptações têm sido feitas ao longo dessas quatro décadas. O prédio não era próprio para receber os alunos, mas com doações e recursos – aos poucos – a estrutura foi mudando. Uma das novidades deste ano é o ginásio de esportes que será adaptado para treinos e atividades físicas dos alunos. A obra já tem algum tempo e na presidência atual parece que terá um ponto final em 60 dias. Leocir Weber, presidente da Apae, comemora os novos rumos da “obra” e agradece ao apoio dos voluntários. “Os recursos são da comunidade, e é bom frisar que essas melhorias e os recursos que estão sendo aplicados são doações da comunidade”, pontua.
Para finalizar a construção bastava a cobertura. O recurso para isso veio de um projeto do Instituto Guga Kuerten. Foram R$ 22 mil liberados recentemente. Outra manobra que ajudou a Instituição a finalizar o ginásio foi a venda de um dos carros que faziam o transporte dos alunos. Conforme Weber a van já não estava em condições para rodar.
A Apae em Porto União conta com um sistema diferente de arrecadação de fundos. Ao contrário do que acontece no Paraná, onde as escolas especiais estão incluídas na rede de ensino, em Santa Catarina a Apae deve ser vinculada com a Fundação Catarinense de Ensino Especial. O recurso que vem do Estado equivale a 1% em cima de determinados valores estipulados pelo governo. Segundo Weber o recurso é proporcional ao número de alunos de cada Apae espalhada pelo Estado.
Os professores, cerca de 25 deles, são cedidos pelo Estado. Os funcionários que chegam aos 50 também são mantidos com verba do Fundo. Já a equipe de especialistas, como médicos, dentistas e terapeutas o Sistema Único de Saúde que repassa o dinheiro proporcionalmente ao número de atendimentos realizados na Instituição. O dinheiro que sobra para reformas e aplicação na estrutura física da escola é pouco, e é nessa hora que entra a Central de Atendimento.
Funciona assim: três funcionárias da Apae trabalham exclusivamente para a captação de recursos sejam por doações ou em editais de “cunho social”. No caso do atendimento pela Central as doações podem ser autorizadas pelo telefone. Um boleto no valor da doação é emitido e um motoboy vai até o contribuinte para compensar. Qualquer quantia vale.
Outro tipo de doação é pelo Projeto Empresa Amiga da APAE. É um programa de relacionamento entre as empresas contribuintes junto da Instituição. Para cada doação a empresa recebe um certificado. Ele vai desde o Diamante, quando R$ 500 mensais são depositados para a Associação, até o de Bronze, quando a doação não passa dos R$ 80. Conforme o presidente, essa é uma forma da empresa manter o marketing social do negócio, não somente para divulgar a marca, mas, em especial, para transformar a vida dos alunos que dependem da Associação.
A empresa que participa do projeto também adere ao Cartão Amigo da Apae. O cartão é utilizado para identificar o contribuinte e pode ser revertido em benefício com os estabelecimentos credenciados à Associação.
A Empresa Amiga, por exemplo, define uma promoção exclusiva para divulgar aos contribuintes que possuem o Cartão Amigos da Apae. “Isso não é para o presidente, professor, diretor, isso é para a melhoria dos alunos, para eles”, frisa Weber. “Mensalmente os valores são aplicados dentro da Instituição com fins de melhorar para os alunos”, completa.
Serviço
A Apae de Porto União fica na Av. João Pessoa, no Cidade Nova. O telefone para contato é o (42) 3522-3824.