Colégios Estaduais da rede paranaense voltam a oferecer aulas presenciais

Em União da Vitória, quatro colégios foram autorizados a retomar as atividades

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Atualizado há 3 anos

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A rede estadual de educação do Paraná tem preparado o retorno gradativo das aulas presenciais em todo o Estado. Na segunda-feira, 10, cerca de 200 escolas retomaram o atendimento presencial. No Núcleo Regional de União da Vitória, que compreende as cidades de Antônio Olinto, Bituruna, Cruz Machado, General Carneiro, Paula Freitas, Paulo Frontin, Porto Vitória, São Mateus do Sul e União da Vitória, seis escolas foram autorizadas a voltar a oferecer o ensino presencial.

Segundo o chefe do Núcleo Regional de União da Vitória, Carlos Polsin, para que uma escola receba a permissão para voltar a atender seus alunos presencialmente ela precisa atender a uma série de critérios estabelecidos pelo Núcleo e pela Secretaria de Estado da Saúde.

“Nós avaliamos se a escola tem o número de funcionários suficiente, vemos as condições da cidade, se os índices de contaminação diminuíram ou se estão estabilizados. Se tiver um aumento (no número de casos) naquele momento esse município não retorna. Então, com todos esses dados em mãos, a gente passa para a Secretaria para ela autorizar”, comenta.

Em União da Vitória, quatro colégios foram autorizados a retornar, entre eles o Colégio Estadual Inocêncio de Oliveira, no bairro São Sebastião. De acordo com a diretora, Janete Sebben, neste local, todas as turmas retornaram, porém com um número reduzido de alunos.

“O que retornou foi a sala de recursos e todas as turmas dos turnos da manhã e da tarde, mas dentro dessas turmas somente alguns alunos que realizam a atividade impressa, por a gente entender que o aluno que não tem acesso à internet não consegue ter a explicação do professor”, explica.

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O retorno de forma gradativa, segundo Janete, serve para que toda a comunidade escolar possa se adaptar a nova realidade e aos protocolos de segurança exigidos.

“Nós temos que reaprender a trabalhar dentro das normas, temos que tomar todos os cuidados de uso de máscara, distanciamento e uso de álcool em gel”.

Os alunos que recebiam as atividades de forma impressa, de 15 em 15 dias, fazem parte do grupo prioritário para o retorno presencial. Mas, caso algum desses alunos não deseje retomar, lhe estará assegurado o mantenimento dessa modalidade. Quanto aos alunos que continuam assistindo as aulas de forma online, Carlos indica que não haverá prejuízo de aprendizagem, visto que estes terão as mesmas aulas que aqueles que estiverem acompanhando de forma presencial.

“A aula online é a mesma aula que será ministrada presencialmente, porque o professor está dando a aula em sala e essa mesma aula está sendo retransmitida para o aluno do online, então não tem prejuízo nenhum porque o aluno pode inclusive fazer a interação com o professor”.

Para Janete, o retorno presencial é um desafio e um processo que poderá ser adaptado de acordo com as necessidades do colégio, prezando garantir a saúde de toda a comunidade escolar e o direito à educação.

“Para nossa alegria os alunos estão muito contentes de poder ter essa explicação, ter esse atendimento. Estão participando bem e estão felizes por ter esse retorno. Então é um desafio muito grande, mas entendemos que vamos fazer a tentativa”, relata.


Comunidade decidiu por não retornar

De acordo com Carlos, antes de os colégios retomarem as aulas presenciais, foi indicado que se realizasse, além de uma conversa com os profissionais da escola, uma consulta à comunidade. Em União da Vitória, o Colégio Judith Simas Canellas, no bairro São Gabriel, foi autorizado a voltar a oferecer aulas presenciais, porém, foi decidido pela manutenção do ensino remoto devido ao momento da pandemia no município.

“Fizemos uma pesquisa entre os pais do colégio na semana que se passou e, com os resultados que tivemos, cerca de 12% de nossos alunos voltaria no presencial. Nós até pensamos em fazer um trabalho diferenciado com as salas de apoio e salas de recursos, porém fomos conversando com a comunidade escolar e na última sexta-feira, 07, a gente decidiu por não retornar agora, até porque os números (de casos) aumentaram tanto no nosso município, e os pais acharam viável que a gente não retornasse”, explica.

O colégio atende alunos vindos do interior do município, e a falta de ônibus também foi um empecilho para o retorno presencial.

“Aqui são atendidos alunos do próprio bairro e também alunos da localidade do Cacique, da colônia São Gabriel e da colônia Trabuco. Temos vários alunos que dependem do transporte. Por esse motivo, muitos tinham a intensão de estar retornando, mas devido à falta de transporte não podem retornar neste momento”.

No colégio, além das aulas online, também será mantido o modelo de entrega do material impresso para alunos que não tenham acesso à internet.


Quais escolas retornaram

Dos seis colégios no Núcleo de União da Vitória autorizados a retornar, cinco passaram a ofertar alguma forma de ensino presencial na segunda-feira, 10. Em Porto Vitória o Colégio Estadual Casimiro de Abreu recebeu alunos do ensino médio e sala de recursos multifuncional. Em São Mateus do Sul o Colégio Estadual São Mateus abriu suas portas para alunos dos cursos técnicos de química, meio ambiente e segurança do trabalho, além da sala de recursos multifuncional e CELEM de Libras.

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Em União da Vitória, o Colégio Túlio de França retomou suas atividades com alunos da sala de recursos multifuncional e o Colégio São Cristóvão voltou a ofertar aulas presenciais aos alunos no 3º ano da Casa Familiar Rural.

Neste momento, 10% das escolas do Núcleo de União da Vitória retomaram as atividades. Em nível estadual, a expectativa é de que no dia 24 o número de escolas em funcionamento passe de 200 para algo em torno de 500.

“Vamos fazer tudo gradativo. Essas escolas que têm autorização, elas podem ir aumentando o número de turmas. Quem trouxe oito turmas nesta semana, na semana que vem pode trazer 12, e assim por diante. As demais nós já estamos estruturando com todos os diretores, conversando com eles e eles fazendo reuniões com as suas comunidades para um possível retorno de mais algumas escolas no dia 24, tudo dependendo de como se comportar essa questão da pandemia”, indica Carlos.


Vacinação de trabalhadores da educação

A vacinação de professores e demais funcionários escolares faz parte do plano de retorno do governo paranaense. Na terça-feira, 11, o Estado enviou às 22 regionais de Saúde um lote contendo 32.760 mil doses destinadas a esses profissionais. A 6ª Regional de Saúde de União da Vitória recebeu 575 doses, que serão utilizadas na imunização de profissionais da educação com idade entre 55 e 59 anos.

  • Dia 15/05 das 08 as 12hs
  • Drive Thru na Unidade de Saúde do Josmar Babi

Documentos exigidos:

  • Declaração de trabalhador da educação preenchida pelo Estabelecimento de ensino onde atua.
  • CPF.
  • Cartão SUS.