Colégios particulares de Porto União apresentam proposta para retorno das aulas

No Estado, reinício presencial deve acontecer em outubro

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Atualizado há 4 anos

No Paraná, mesmo com número de casos em queda, não há previsão de retorno
No Paraná, mesmo com número de casos em queda, não há previsão de retorno

Embora o calendário já tenha sido mudado diversas vezes, a última definição aponta o dia 13 de outubro para o retorno das aulas em Santa Catarina. Inclusive, o plano estadual de contingência para a retomada das aulas presenciais foi apresentado na mais recente reunião do comitê com 15 entidades que discute a educação no estado durante a pandemia do novo coronavírus. O documento será encaminhando aos municípios ainda neste mês para ser usado como referência na elaboração também de regras municipais de retorno às salas de aula.

A volta está prevista para a partir de 13 de outubro no estado em etapas, mas depende das condições sanitárias até lá. Enquanto isso, os alunos seguem fazendo atividades online ou impressas.

Conforme a reunião, o Estado vai capacitar e treinar os gestores escolares para que elaborem planos específicos de cada unidade escolar.

“Precisamos ter segurança para os alunos, aos professores, a todos os profissionais que participam do processo de educação. Essa é uma das premissas”, disse o secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, para o G1.

O plano traz cinco cadernos de diretrizes apresentados pelo comitê em julho, que incluem as medidas sanitárias, pedagógicas, gestão de pessoas, transporte escolar e alimentação escolar a serem adotadas. Agora, mais três pontos foram acrescentados ao plano de contingência: diretrizes para comunicação e informação, capacitação e treinamentos e finanças. As regras, elaboradas com participação da Defesa Civil, serão referência para que cada rede de educação elabore seu protocolo próprio.

Etapas

As aulas foram suspensas em 19 de março e seguem assim pelo menos até 12 de outubro. A retomada será anunciada em no máximo duas semanas de antecedência. Segundo a Secretaria de Saúde, para a aula voltar, nem a situação de risco moderado por causa da Covid-19 pode estar em vigência: será preciso mais tranquilidade até a batida final do martelo.

Quando acontecer, o retorno deve ser escalonado. Os estudantes do Ensino Médio voltam primeiro e depois os demais. Os alunos que tiveram dificuldades de acessar os materiais virtuais e impressos também terão prioridade na volta. Crianças da educação infantil devem ser as últimas a retornarem

Além da retomada presencial para outubro, o comitê estadual também está preparando um plano de reforço escolar para o ano que vem.

Porto União

Marlei Gohl, Sibila e Irmã Ilária: reuniões periódicas para definir estratégias
Marlei Gohl, Sibila e Irmã Ilária: reuniões periódicas para definir estratégias

A rede privada do município procurou a reportagem para contar um pouco do que vem fazendo em prol de retomada das aulas presenciais já no próximo mês. Conforme as equipes dos colégios Santos Anjos, São José e Cosmos, as diretoras de cada instituição vem se reunindo com frequência, virtual e presencialmente, para traçar um modelo único de acolhimento.

“Todos temos as mais diversas expectativas quanto a situação e o retorno, mas nossa maior expectativa diz respeito aos cuidados necessários para garantir a saúde e integridade física e emocional dos nossos alunos e profissionais.  Trabalhamos com carinho para o melhor e estamos bastante satisfeitos quanto ao aprendizado online, seguros de estar fazendo o melhor nesta situação. Assim, continuamos firmes e convictos com o nosso principal propósito que é ‘educar para a vida’”, disse por nota, a Irmã Ilária Matte, diretora do Santos Anjos.

De todos os desafios, ambas as diretoras pontuam questões da saúde emocional dos envolvidos, bem como na capacitação dos professores para usar os modelos tecnológicos de ensino.

“Esperamos o olhar diferenciado e consciente das autoridades. Cada escola tem suas especificidades, e principalmente, compreende-se que o serviço público não possui uma estrutura como a fornecida pela escola particular, portanto mais difícil o seu retorno. No entanto, precisamos que se apresente a opção de retorno àqueles que possuem estrutura para a retomada com segurança seguindo os seus protocolos. As escolas particulares de nossa cidade estão preparadas para recomeçar”, destaca a diretora do São José, Marlei Gohl.

Conforme sondagem feita pelas três escolas, o retorno não é unanimidade entre os pais. Em contrapartida, todos classificam como bom o modelo remoto usado desde março.

“O colégio está preparado e vem preparando todos os colaboradores com as informações e orientações necessárias para o possível retorno no mês de outubro de 2020. Estamos confiantes para o retorno assim como a maioria dos pais apresentam, porém temos aqueles pais que não mandariam seus filhos na primeira fase do retorno e aqueles que não estão seguros para retornar este ano principalmente as crianças de zero a 3 anos e também aqueles que têm familiares no grupo de risco”, ressalta a diretora do Cosmos, Sibila Elaine Kreuzbrerg Silva.

Paraná

Mesmo com a estabilização do número de casos e óbitos, a Secretaria de Estado da Saúde não validou o retorno das aulas presencias no Paraná. A medida também está amparada no decreto número 4.230/2020, assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior em março e que prevê a suspensão das aulas na rede pública e privada. “Ainda não podemos voltar às aulas. Tenho percebido pelo Estado alguns movimentos de instituições querendo este retorno presencialmente. Voltamos a defender que não há possibilidade. Os números ainda são altos”, afirmou o secretário Beto Preto, como publicou o Bem Paraná.

O Governo do Estado formalizou um comitê com a presença de diversas secretarias e está analisando a metodologia quando o retorno for possível, desde que com segurança para alunos, professores e funcionários.

“Não temos como falar em data. O Governo tem discutido métodos para quando houver a possibilidade de retomada. Enquanto as curvas de casos novos e óbitos não estiverem em queda sustentada, não há previsão”, frisou o secretário.

O Paraná já contabilizou quase 126 mil casos da Covid-19 e mais de 3.100 mortes (dados contabilizados até o fim da edição).