O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU), do Centro Universitário Vale do Iguaçu (Uniguaçu), cria diversos projetos arquitetônicos sem fins lucrativos. Além de proporcionar um estágio não obrigatório para os acadêmicos do curso, também atende a população que não tem acesso ao trabalho de arquiteto e urbanista, como as ONGs, entidades sem fins lucrativos, e a própria comunidade com necessidades. Para receber atendimento do EMAU, basta solicitar os serviços no Núcleo Social da Uniguaçu.
Segundo a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniguaçu, professora Paula Toppel, o EMAU funciona como uma experiência de troca, na qual os estudantes levam às comunidades os conhecimentos específicos de Arquitetura e Urbanismo e retornam à academia com conhecimento ampliado para realizar suas atividades.
Os acadêmicos que participam do Escritório passam por um processo seletivo, e são eles que desenvolvem os projetos arquitetônicos, sob orientação e supervisão de um professor. Além de ser uma forma de por em prática os conhecimentos, o Escritório aproxima os estudantes da realidade social, gerando mais experiência e pesquisa.
Sala Smart Uniguaçu
Um dos projetos arquitetônicos realizados pela EMAU foi a Sala Smart Uniguaçu, coordenado pela professora Bruna Maidel. A sala, localizada no segundo piso do Centro Tecnológico Uniguaçu (CTU), é utilizada para aumentar a pesquisa, conhecimento e criatividade dos acadêmicos, com um espaço moderno, aconchegante e tecnológico.
Além do EMAU, a Marcenaria e o setor de Comunicação e Marketing da Uniguaçu estiveram envolvidos no projeto. “Foi muito legal o trabalho realizado na Sala Smart. O espaço ficou visível e vai chamar muito a atenção da comunidade acadêmica. Estamos orgulhosos de toda equipe envolvida no processo e felizes com o resultado”, comenta a Reitora da Uniguaçu, professora Marta Borges Maia.
Segundo a professor Paula, uma das premissas do projeto foi a sustentabilidade. “Entendendo a necessidade do espaço, foi possível usar grande parte estrutura existente, não gerando resíduos desnecessários”. Os acadêmicos Ricardo Cereniski, Criscieli Ritter e Claudeci Araújo Ribeiro Martins, são os membros do EMAU que estiveram envolvidos do início ao fim da obra, e visualizando cada etapa. De acordo com a professora Bruna, responsável pelo Escritório, o processo de execução foi enriquecedor para os alunos, pois ao longo da sua execução, ele foi se transformando.
O projeto e o trabalho em equipe
A acadêmica do 5º período de Arquitetura e Urbanismo, Claudeci Araujo Ribeiro Martins, comenta que a equipe do EMAU pensou no conforto e aconchego de quem iria frequentar a sala. “A experiência do trabalho em equipe e do projeto em geral foi enriquecedor. Pude aprender muitas coisas que o arquiteto faz depois de formado”, afirma.
Já o acadêmico do 3º período, Ricardo Cerenisk, acredita ter vivenciado a experiência de um arquiteto no dia a dia. “Nós tínhamos também um orçamento da Sala Smart, então não podíamos sair esbanjando, e é assim com um cliente real”, conta.
Toda a equipe teve que entrar em consenso durante o processo de criação do projeto. Criscieli Ritter, acadêmica do 3º período e também uma participante do projeto, acredita que o projeto foi desafiador pois a equipe só pôde mexer no interior da sala. “Isso é muito interessante porque nós mudamos totalmente o espaço sem mexer em um pedaço de parede, pensamos em fazer algo jovem e tecnológico para combinar com o Smart, estimulando as pessoas a realizar seus trabalhos”.
Já a professora Bruna acredita que o desafio foi o tempo para a execução do projeto. “Eu entrei quando o projeto já estava andando e o que me deixou preocupada foi a relação com o tempo que tínhamos, pois, o trabalho não foi só nosso, mas também do Marketing e da Marcenaria. Eu tentei de certa forma guiar eles para finalizarmos dentro de um tempo adequado”, explica.