Projeto de educação integral canoinhense atende quase mil alunos

A proposta é ampliar a oferta do período integral para outros alunos em 2020

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Atualizado há 5 anos

Oito oficinas diferentes são ofertadas nas escolas, como a de música (Foto: Priscila Noernberg).
Oito oficinas diferentes são ofertadas nas escolas, como a de música (Foto: Priscila Noernberg).

A Prefeitura de Canoinhas está desde 2017 oferecendo aos alunos da rede pública municipal, a educação em período integral. “Começamos pagando de maneira inédita cursos no Senai para estudantes do 9º ano e agora estamos oferecendo aula nas nossas escolas especialmente para alunos do 5º ano”, explica o secretário da Educação, Osmar Oleskovicz.

A Secretaria de Educação criou projeto piloto para atender 300 alunos das escolas Aroldo Carneiro de Carvalho, Gertrudes Müller, Alberto Wardenski, Evaldo Dranka e Benedito Therézio de Carvalho. “Contratamos professores de artes, educação física, matemática, ciências e língua portuguesa para trabalhar diversas habilidades no contraturno. É uma experiência que estamos fazendo nestas unidades. Se o resultado for positivo, vamos ampliar para as demais”, explica Oleskovicz.

Inicialmente, a oportunidade de estudar em dois turnos foi oferecida aos alunos do 5º ano: “mas como sobraram vagas, acabamos fechando turmas com todas as faixas etárias”, observa.

Os alunos participam de oficinas: esporte/ginástica, violão, flauta doce, música, teatro/dança, artesanato, uso sustentável dos recursos naturais, informática, jogos estratégicos, suporte pedagógico, meio ambiente e qualidade de vida. “Cada estudante participa de oito diferentes oficinas que são oferecidas de acordo com as necessidades elencadas pela escola”, explica uma das coordenadoras do projeto, professora Elcia Aparecida Chimangosewski Gevieski.

As aulas são planejadas com todo plano entregue antecipadamente à Secretaria de Educação. Prefeito Beto Passos lembra que a proposta da educação integral em Canoinhas não é só ocupar o tempo das crianças sem um objetivo. “O alunos tem reforço no ensino, mas também trabalhamos aprendizagem com olhar voltado à cultura desenvolvendo dimensões afetivas, artísticas, a saúde, o corpo e a mente. Desta maneira incentivamos a criança a gostar de estudar e aprender na prática o que será importante no futuro”.

A excelente frequência comprova que a ação é aprovada por alunos como Evelin Vitória Alves Martins, da 8ª série: “eu gosto de vir ao projeto porque são alunos de várias turmas e você aprende a conviver com pessoas diferentes. Você faz novas amizades dentro da escola. E você aprende muitas coisas não só para o nosso desenvolvimento, mas também para as atividades nas aulas”.

Pais e mães, como a cozinheira Roberta Maria Aparecida Firakoski Gurginski, de 45 anos, também estão satisfeitos com as oficinas no contraturno. Ela é mãe da Laura, de 11 anos, que estuda na 6ª série da escola Alberto Wardenski, no Salto D’Água Verde. “A Laura era uma menina tímida. Ficava mais no cantinho dela, fechada no quarto. E a partir do momento que começou o projeto, ela se transformou em uma menina bem diferente. Agora ela chega em casa e faz eu e o pai dela sentar e o que ela aprendeu no projeto, ela fala pra nós. Ela melhorou bastante. E no rendimento escolar também. Eu achei que poderia atrapalhar o projeto, mas pelo contrário, as notas dela são excelentes!”, revela.

Além desses 300 alunos beneficiados pelo projeto, o Município mantém outros estudantes no período integral: no pré, via AABB Comunidade, nos cursos do Senai e no Serviço Social do Comércio (Sesc). “Além de desenvolver inúmeras habilidades, outro ponto positivo do período integral é a segurança dos pais que podem trabalhar tranquilos sabendo que os filhos estão sob tutela da escola”, lembra Oleskovicz.

A proposta, segundo o prefeito, é ampliar a oferta do período integral para outros alunos em 2020.