História de quem teve a bola nos pés

Therezinha Wolff lança seu quarto livro nesta quinta-feira. Dessa vez, obra narra os bastidores quase esquecidos do Juventus Esporte Clube

·
Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

Terezinha Wolff
Obra é a quarta produção de Therezinha Wolff mas a primeira com memórias esportivas

Ele iniciou sua despedida das competições já na década de 80, mas ainda em 90 dava seus últimos suspiros, vivos na memória de quem defendeu e suou sua camisa. O Juventus Esporte Clube recrutou uma seleção de bons jogadores e, com eles, conquistou títulos, troféus e reconhecimento. Nunca entrou para a liga profissional mas, justamente por ser amador, manteve o brilho de sua essência.

A história do time e a simplicidade de uma carreira mais modesta estão na obra “Juventus Esporte Clube, 72 anos depois”, de Therezinha Wolff. Esta é a quarta obra da diretora da Casa Cultural Aníbal Khury e nela, inclusive, faz uma homenagem ao seu marido, Ivo, que também defendeu as cores do time e, de maneira menos direta, ao seu pai, também jogador de futebol. “Desde menina eu sempre fui ligada ao futebol. Meu pai jogava e eu sempre acompanhava pelo rádio”, sorri.

Mais do que um gosto nato pelo assunto, a produção da obra representa a reunião de informações em um único lugar. Até 1999, o acervo do Juventus migrava, de local em local, até ser acolhido por Frei João, então diretor do Colégio São José. “O Juventus começou São José. Começou com um time chamado Botafogo, com alunos internos, mais uns grupinhos que se reuniam ao lado da extinta Casa Damasco e ao lado da casa do seu Armando Sarti”, lembra. O livro mantém a coletânea e toda a história do time reunida. “Para que na hora que a pessoa perguntar onde está o acervo, dizer que ele está guardado, muito bem guardado”, sorri.

A obra é uma produção própria mas contou com a ajuda de amigos. Entre eles, de Willy Jung. “Ele também jogou no Juventus e quando eu fui falar com ele sobre o livro, já me ajudou com ajuda financeira”, afirma. Outra ajuda veio do presidente da fundação do colégio, Eduardo Nhoatto. Assim, o livro nasceu.

 

Ela é fã de Ronaldinho Gaúcho

Therezinha Wolff não esconde sua paixão por futebol, tampouco por Ronaldinho Gaúcho. Mais do que considerá-lo um bom jogador, Therezinha vê em sua ascensão a força de vontade que fez barreiras desmoronar.

Negro e pobre, Ronaldinho despontou em grandes times, nacionais e internacionais. Hoje, defende as cores do Atlético Mineiro. Foi rei, mas não perdeu a majestade. “Os negros, no começo, tinham que usar pó de arroz para jogar com o time de brancos. O Juventus, inclusive, era chamado de time do pó de arroz, porque eram todos brancos. Logo tivemos jogadores negros também. Do Ronaldinho, sou fã, porque realmente ele deve ter sofrido muito preconceito. Ele é negro e para fazer sucesso como ele fez, por mais que as pessoas falem mal, ele é um grande jogador”, sorri.

Lançamento

A cerimônia de lançamento ocorre nesta quita-feira, às 19h30, no ginásio do Colégio São José, em Porto União. Os convidados precisam acessar o prédio pela rua Luís Delfino.