Brasileiras brilham no UFC

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Atualizado há 4 anos

Cris Cyborg é considerada a maior atleta da história do UFC (Foto: Michael Dunn/CC BY 2.0).
Cris Cyborg é considerada a maior atleta da história do UFC
(Foto: Michael Dunn/CC BY 2.0).

Faz mais de uma década que a americana Ronda Rousey estreou no Ultimate Fighting Championship (UFC) e abriu caminho para o crescimento de outras mulheres. Desde então diversas brasileiras conquistaram muitas posições de destaque. Com a saída de Ronda, há muito espaço para que haja novas atletas de impacto na modalidade.

De veteranas repletas de títulos a novas estrelas em ascensão, as brasileiras brilham no UFC e aqui vamos conhecer um pouco mais sobre as principais atletas nacionais nesse esporte emocionante.

Amanda Nunes considera a aposentadoria, mas ainda vê a possibilidade de uma última luta com sua maior rival (Foto: Wikimedia Commons/CC BY-SA 3.0).
Amanda Nunes considera a aposentadoria, mas ainda vê a possibilidade de uma última luta com sua maior rival (Foto: Wikimedia Commons/CC BY-SA 3.0).

Amanda Nunes: uma das grandes pioneiras

Nascida na Bahia ao final dos anos 1980, Amanda Nunes ganhou os holofotes com seus combates no Strikeforce. Apesar disso, foi com sua estreia no UFC que a atleta conquistou o público mundial.

Conhecida como “Leoa” pelos fãs, sua primeira luta foi contra a oponente Sheila Gaff e desde então a atleta teve uma carreira vitoriosa que incluiu vitórias incontestáveis em cima de combatentes de respeito como Sara McMann, Valentina Shevchenko e Miesha Tate. Essa última ocorreu no UFC 200 e lhe rendeu o primeiro cinturão feminino do Brasil no UFC.

Cinco meses após essa conquista, a baiana voltou as manchetes com um nocaute em meros 48 segundos contra a já mencionada Ronda Rousey. Cerca de um ano depois, a atleta “fez o impossível” e acabou com uma invencibilidade de 13 anos da brasileira Cris Cyborg para conquistar o primeiro cinturão duplo da UFC.

Esses feitos fizeram com que ela conquistasse de vez seu lugar no panteão do UFC nacional e ela pretende se aposentar nos próximos anos, mas antes disso acontecer ela já afirmou que pretende que pretende disputar pelo menos uma última luta contra Cyborg.

“Quem sabe meu futuro é uma revanche contra a Cris. Está tudo acontecendo muito rápido na minha vida, tento manter o foco, que é defender esse título do 135 (libras), não posso deixar minha categoria parada. Já fiz um sacrifício em deixar a minha categoria um pouquinho e fazer todo esse sacrifício de dieta para subir de peso e lutar com a Cris, e também o processo mental para essa luta foi muito difícil para mim. Tenho que voltar para a minha categoria e descansar um pouco.” afirmou a Leoa.

Cris Cyborg ao lado do lutador Frankie Edgar (Foto: Reprodução Flickr).
Cris Cyborg ao lado do lutador Frankie Edgar (Foto: Reprodução/Flickr).

Cris Cyborg: invencível por mais de uma década

Apesar de ter perdido sua invencibilidade no UFC para Amanda Nunes, Cris Cyborg ainda é considerada por grande parte dos lutadores como a melhor lutadora da história do MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas).

Natural de Curitiba, Cyborg já disputou em diversas ligas e conquistou títulos do Strikeforce, do Invicta UFC e um cinturão do peso-pena do UFC em 2005, título que deu origem a sua sequência ininterrupta de mais de 13 anos de vitórias.

Nesse período que abrange mais de uma década foram 19 lutas, incluindo 16 nocautes, um feito inigualável por qualquer lutadora que sedimenta seu lugar na modalidade esportiva.

Além da possível revanche contra Nunes, Cyborg também pode enfrentar a novata Felicia Spencer, uma lutadora canadense que estreou há pouco tempo, mas que chamou atenção do UFC e do público com seu potencial.

Spencer desafiou Cyborg através de suas redes sociais e afirmou que “seria uma honra” enfrentá-la no Canadá durante o retorno do UFC para o país. Cris já aceitou o desafio, mas afirmou que ainda está negociando os termos da luta e seu contrato com a organização.

Jéssica Bate-Estaca com o cinturão de campeã: defesa do título pode ocorrer mais cedo que o esperado (Foto: UFC/Divulgação).
Jéssica Bate-Estaca com o cinturão de campeã: defesa do título pode ocorrer mais cedo que o esperado
(Foto: UFC/Divulgação).

Jéssica Bate-Estaca: estrela em ascensão

Se Amanda Nunes e Cris Cyborg são as principais lutadoras da história do Brasil, Jéssica “Bate-Estaca”, apelido derivado do seu golpe característico, representa o futuro do esporte no país.

Com apenas 27 anos, Bate-Estaca acabou de conquistar o título peso-palha no último grande evento em que participou, mas a carreira da lutadora ainda guarda muitas surpresas emocionantes. Uma delas é a própria defesa do título, que pode ocorrer mais cedo do que o esperado.

Jéssica havia afirmado que pretendia focar seus esforços no desenvolvimento de novas atletas brasileiras, mas pouco tempo depois da conquista, sua rival Joanna Jedrzejczyk (ex-campeã da divisão que havia derrotado Bate-Estaca no passado) anunciou que gostaria de uma revanche o quanto antes.

A brasileira ainda não anunciou se aceitaria o desafio, mas caso essa luta não ocorra, também é possível que ela tenha que defender o título contra Michelle Waterson ou em face da vencedora do confronto entre Tatiana Suarez e Nina Ansaroff no UFC 238.

Futuro da categoria feminina promete

Com Amanda Nunes e Cris Cyborg sedimentadas na categoria e Jéssica Bate-Estaca conquistando cada vez mais prestígio, as brasileiras brilham no UFC e o futuro da categoria feminina promete muitos combates e fortes emoções para os fãs do esporte.