River Plate no topo da América do Sul

·
Atualizado há 4 anos

O River Plate é Tetracampeão da Copa Libertadores da América! Depois da euforia pelo clássico argentino, da violência praticada por maus torcedores, da interdição do Monumental de Nunez, do pedido de anulação da partida, da incerteza quanto ao local da final, e da confirmação do Santiago Bernabéu, os Millonários entraram em campo para vencer seu maior rival por 3 a 1, e conquistar o título máximo da América do Sul. Agora o foco do River é no Mundial de Clubes, onde curiosamente pode enfrentar o dono do estádio do seu recente triunfo, o Real Madrid.

Por outro lado, essa foi a final da Libertadores com maior eco a internacional. Obviamente, se tratando de uma final com as maiores potencias argentinas, a expectativa era alta. Mas as peripécias que foram acompanhando o duelo e levaram a um contexto inédito, também geraram imenso entusiasmo à volta do histórico duelo. Na Europa, a final 2018 contou com inúmeras figuras do futebol mundial assistindo, como Messi, Griezmann, Dyabala Bonucci, Icardi… e muitos outros, que acabaram por fazer uma publicidade impar à competição. Entre as entidades que mais beneficiaram, certamente estão as casas de apostas. O mundo das apostas tem conhecido um tremendo crescimento nos últimos anos, em qualquer região, e com isso os ‘bookmakers’ se desdobram em promover os melhores bônus de apostas esportivas possíveis. Alguns oferecem mesmo centenas de reais a novos clientes.

Abordando o jogo em si, esse foi o quarto título de Libertadores do River Plate. Antes o clube havia levantado o troféu 1986, 1996 e 2015. Para ser campeão dessa vez, a equipe se classificou em primeiro lugar em um grupo que tinha Flamengo, Emelec e Santa Fé, e eliminou Racing, Independiente e Grêmio nas fases eliminatórias. No total foram 14 jogos, com 7 vitórias, 6 empates e apenas 1 derrota.

O Jogo

A partida começou tenso e muito estudado, talvez com as duas equipes se habituando ao Santiago Bernabéu. Mas o Boca Juniors logo tomou as principais ações da partida, e quase abriu o placar em um escanteio desviado por Isquierdoz e concluído de voleio por Pablo Perez para uma boa defesa de Armani. A primeira chegada do River foi em um escanteio batido de forma ensaiada para a conclusão de Fernandez, que bateu por cima do gol de Andrade. Mas o domínio ainda era do Boca Juniors, que após apertar a marcação na saída de bola, viu Ponzio fazer falta em Nandez na entrada na área. Na cobrança, Benedetto acertou a barreira e viu a bola sobrar para Pérez que, de novo na pequena área, quase marcou.

Mas aos 44 minutos o Boca Junior foi premiado pela boa atuação. Em contra-ataque, Nandez lança Benedetto, que dá um lindo drible em Maidana, e toca na saída de Andrada, abriu o placar no Santiago Bernabéu. Esse foi o quinto gol do atacante somando os jogos de semifinal e final.

Na segunda etapa, o técnico Gallardo tira Ponzio e coloca Quintero, dando mais ofensividade a equipe. Aos 10 minutos, Pratto recebe na frente e se choca com o goleiro Andrade, os jogadores do River pediram pênalti, mas o árbitro marcou falta de ataque, sem ao menos consultar o VAR.

A luta de Lucas Pratto foi recompensada aos 23 minutos. Em uma bela triangulação, Nacho Fernandez tabelou com Palacios, que deixou Pratto livre para marcar o gol de empate. Com o resultado de empate, ambas as equipes adotaram uma postura mais cautelosa, encaminhando a partida para a prorrogação.

Prorrogação

A prorrogação não começou boa para o Boca, que viu logo aos dois minutos o volante Barrios ser expulso por cometer falta violenta em Palacios. Com um jogador a mais, o River passou a dominar a partida, em uma delas, Alvarez quase concluiu um belo passe de Pitty Martinez.

No segundo tempo da prorrogação, o River continuava a martelar a defesa do Boca, até que aos 5 minutos o gol do título veio. Depois de muita troca de passes, Quintero recebeu na entrada na área e soltou uma bomba, sem defesa para o goleiro Andrada, para a festa dos Millionários.

No desespero, o Boca Junior foi para o ataque e quase empatou em uma bola na trave de Jara. Mas foi o River Plate que deu contornos finais a decisão. No último minuto, Andrada foi para a área em escanteio, e em contra-ataque rápido, a bola sobrou para Pitty Martinez marcar sem goleiro, e decretar o título do River Plate.

Ficha técnica

River Plate: Armani; Montiel (Mayada), Maidana, Pinola e Casco; Ponzio (Quintero); Nacho Fernandez, Enzo Perez, Palácios (Álvarez) e Pity Martinez; Lucas Pratto.

Técnico: Marcelo Gallardo (Mátias Biscay).

Boca Juniors: Andrada; Buffarini, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Barrios, Pablo Pérez (Gago) e Nandez; Villa (Jara), Benedetto (Ábila) e Pavón.

Técnico: Guilhermo Schelotto.