Catar abre exceção e libera equipes de quarentena antes do Mundial de Clubes

·
Atualizado há 3 anos

Os times participantes do Mundial de Clubes no mês que vem vão receber autorização especial para entrarem no Catar. Santos e Palmeiras vão disputar a final da Copa Libertadores no dia 30 e na sequência o ganhador vai embarcar para o torneio sem precisar cumprir a quarentena mínima de sete dias para estrangeiros exigida pelo governo local. Por outro lado, haverá a obrigação de atender a outros protocolos de segurança por causa da covid-19.

Em contato com a reportagem, a Fifa explicou que todos os times estrangeiros participantes do Mundial de Clubes estão dispensados do protocolo de isolamento estabelecido pelo governo do Catar. Se não fosse por isso, as equipes do torneio teriam de permanecer sete dias isoladas e sob monitoramento contínuo do Ministério da Saúde. Só depois disso os jogadores estariam liberados para sair e treinar.

A Fifa explicou que as equipes do Mundial de Clubes, inclusive o representante brasileiro, poderão viajar ao Catar em uma data mais próxima à da estreia e não vão precisar cumprir a quarentena de uma semana em hotel. A exigência dos organizadores é montar um esquema de bolha de segurança. Os elencos terão de ser testados nos países de origem, vão embarcar em aviões fretados e não terão contatos com pessoas de fora da própria delegação.

A tendência é as equipes estrangeiras do Mundial de Clubes só se dirigirem ao Catar poucos dias antes da estreia. O grande favorito ao título, o Bayern de Munique, tem jogo pelo Campeonato Alemão em 5 de fevereiro e só depois deve viajar até Doha para atuar três dias depois pela semifinal. O adversário virá do vencedor do confronto entre Al-Duhail, do Catar, e Al Ahly, do Egito.

Santos e Palmeiras decidem a Libertadores e o vencedor deve viajar ao Catar alguns dias depois da final. A logística de viagem será definida pela Fifa junto do time campeão. A entidade máxima do futebol só vai emitir credenciais e pagar as despesas para 23 atletas de cada clube e mais outros 32 representantes, entre comissão técnica, dirigentes e convidados. As equipes podem até levar mais outras pessoas, porém terão de custear essas presenças extras por conta própria.

Dentro do país, os times só vão poder se deslocar do hotel para o centro de treinamento ou para os estádios das partidas. Passeios, visitas de outros convidados e eventos estão proibidos. A Fifa organizou uma rotina de testes, com exames PCR antes da viagem, na chegada ao Catar e antes de cada partida.

As restrições impostas pelo Catar vão dificultar a presença no país de torcedores estrangeiros. Segundo as regras do governo, os visitantes precisam cumprir uma lista de exigências ao desembarcar. É obrigatório comprar um chip com número de celular local para se cadastrar em um aplicativo do Ministério da Saúde para informar diariamente a aparição de possíveis sintomas do coronavírus. Depois, é preciso permanecer em quarentena por sete dias em um hotel.

Essas regras só são mais flexíveis para quem tem visto especial de entrada ou cidadãos de países vizinhos ao Catar. Os ingressos para a competição estão à venda. Os estádios vão receber no máximo 50% da capacidade máxima. O torneio será disputado nos estádios Ahmed bin Ali e Education City. Ambos foram inaugurados ano passado e receberão também a Copa do Mundo de 2022.

A pandemia do coronavírus já impactou o Mundial ao provocar a desistência do representante da Oceania, o Auckland City. O time não vai mais participar por causa das regras rígidas impostas pelo governo neozelandês para quem retorna de viagens internacionais. Por isso, o torneio terá seis clubes: Al-Duhail, Al Ahly, Bayern de Munique, além do campeão da Libertadores, do Tigres, do México, e do Ulsan, da Coreia do Sul.