Messi bate Lewandowski e ganha a Bola de Ouro pela 7ª vez; Cristiano Ronaldo é

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Atualizado há 2 anos

Lionel Messi confirmou seu favoritismo e faturou a Bola de Ouro. O craque argentino ganhou pela sétima vez a renomada premiação entregue pela revista France Football. Foi o primeiro prêmio desde que se transferiu do Barcelona para o Paris Saint-Germain. Com o sétimo troféu, ele ampliou sua hegemonia como o maior vencedor da premiação. A cerimônia foi realizada no Théâtre du Chatelet, em Paris.

O polonês Robert Lewandowski, do Bayern de Munique ficou na segunda colocação e o meio-campista brasileiro naturalizado italiano Jorginho, que fez uma grande temporada pelo Chelsea e pela seleção da Itália, foi o terceiro. O trio foi seguido pelos franceses Karim Benzema, atacante do Real Madrid, e o volante Kanté, do Chelsea.

Cristiano Ronaldo, que trocou a Juventus pelo Manchester United, apareceu apenas na sexta colocação. O astro português não atravessa a melhor de suas fases. Depois de uma temporada acidentada, Neymar foi somente o 16º.

A expectativa em cima de Messi aumentou depois que a RTP, Rádio e Televisão Portuguesa, noticiou que o craque argentino seria o vencedor da edição deste ano. Os outros troféus ele recebeu em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019. Embora não tenha vencido pelo que fez com a camisa do PSG, Messi é o primeiro jogador do clube francês a levar o prêmio.

Contratado pelo Paris Saint-Germain em agosto, Messi teve uma temporada difícil pelo Barcelona, que passa por grave crise financeira e institucional, e ganhou apenas a Copa do Rei pelo clube. Ainda assim, conseguiu se destacar individualmente. Em 2021, considerando as partidas pelo Barcelona e pelo PSG, o argentino tem 42 gols e 15 assistências. Neste ano, liderou a Argentina na conquista da Copa América com vitória sobre o Brasil na decisão no Maracanã. O título quebrou um jejum de 28 anos sem taças. “Não podia terminar minha carreira sem conseguir nada com a seleção argentina”.

“Esse prêmio é muito por conta do título da Copa América. A seleção parece diferente, mais solta, há uma comunhão com os torcedores, eles estão gostando. Foi uma Copa América especial. Nós vencemos o Brasil na final no Maracanã depois de tantos anos, foi extraordinário”, disse Messi, acompanhado no evento da mulher, dos filhos e do pai. “Foi uma honra lutar com o Robert (Lewandowski) pelo prêmio. No ano passado ele mereceu mais do que ninguém”, completou, elogiando o seu concorrente. Ele recebeu o troféu das mãos do amigo e ex-companheiro Luis Suárez, hoje no Atlético de Madrid. Os dois e Neymar formaram um trio inesquecível no Barcelona.

“Agora estou em uma nova etapa depois de ter passado uma vida inteira no mesmo lugar. Estou me adaptando a um novo clube, uma cidade. Fico feliz pelo prêmio nesse momento, isso me dá muita força para enfrentar os novos desafios”, prosseguiu o astro argentino. Ele diz pensar mais no coletivo do que nos próximos prêmios que pode ganhar. “Estou entusiasmado com um vestiário onde os melhores estão do mundo, aos poucos vamos crescendo como equipe e eu individualmente. Mas não estou pensando no individual, na oitava Bola de Ouro”.

Houve também dois prêmios surpresas. Se não levou a principal premiação, Robert Lewandowski ganhou como “artilheiro do ano”. O atacante polonês do Bayern de Munique anotou 48 gols na temporada 2020/2021 e em 2021/2022 já balançou as redes 25 vezes. A outra honraria foi para o “Clube do Ano”, dada ao Chelsea, atual campeão europeu.

Além de candidatos à Bola de Ouro para homens e mulheres, a France Football escolheu o melhor goleiro da temporada por meio do troféu Yashin, em homenagem ao goleiro russo Lev Yashin, que brilhou nas décadas de 50 e 60, a melhor jogadora e o melhor sub-21 (troféu Kopa).

O italiano Gianluigi Donnarumma, campeão da Eurocopa, foi eleito o melhor goleiro. O brasileiro Ederson, do Manchester City, estava no páreo e ficou em quarto. Pedri, do Barcelona e da seleção da Espanha, ganhou como melhor sub-21. Entre as mulheres, o prêmio ficou com Alexia Putellas, outra atleta espanhola e que também atua no time catalão.

No ano passado, a honraria não foi entregue em virtude da pandemia de covid-19. Neste ano, o evento contou com a participação de 180 jornalistas internacionais a fim de eleger o ganhador e teve como um dos apresentadores Didier Drogba, lenda do futebol africano. Artistas e outros esportistas, como o piloto de Fórmula 1 Fernando Alonso, estiveram presentes na solenidade. Dois dos maiores craques do futebol mundial, Diego Maradona e Gerd Muller, que morreram em 2020 e 2021, respectivamente, foram homenageados.

Criado em 1956, o prêmio foi entregue pela 65ª vez. A honraria foi concedida de forma independente entre 1956 e 2009 e novamente a partir de 2016, após fim da parceria de seis anos com a Fifa, que, posteriormente, com o fim da fusão, criou o The Best.