Ouro fecha em queda, com reajustes após maior nível em 1 semana

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Atualizado há 3 anos

O ouro no mercado futuro fechou em queda nesta quinta-feira, 24, sob reajustes após o metal precioso terminar o dia de ontem em seu maior preço em uma semana. O mercado também observou sinalizações sobre a inflação dos Estados Unidos, após a leitura final do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) do primeiro trimestre confirmar a última estimativa para o indicador.

O ouro com entrega prevista para agosto recuou 0,38%, a US$ 1.776,70 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Além do movimento de reajuste, o apetite por risco nos mercados acionários de Nova York também prejudicou a segurança do ouro, à medida que o cenário a longo prazo para a inflação dos EUA segue incerto. Hoje, o Departamento do Comércio americano informou que o PCE subiu à taxa anual de 3,7% no primeiro trimestre, em linha com a estimativa há um mês. Segundo o Commerzbank, o mercado esperava alta de 3,9%.

“Os preços do ouro estão estagnados devido à incerteza da inflação”, avalia o analista da Oanda Edward Moya, em relatório a clientes. Ele destaca falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que têm se distanciado de uma posição “ultra dovish”, reconhecendo a alta inflacionária no país e defendendo o debate sobre o começo da retirada gradual dos estímulos monetários, para conter o impulso nos índices de preços.

Presidente do Fed de St. Louis, James Bullard disse hoje que há risco de que a inflação continue em alta surpreendente no país, enquanto o presidente da distrital de Dallas da entidade, Robert Kaplan, reiterou sua defesa de ajuste no programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) “mais cedo do que tarde”.

Os sinais, no entanto, não são uniformes. O presidente do Fed de NY, John Williams, e o do Fed de Richmond, Thomas Barkin, classificaram as pressões inflacionárias como temporárias.