Trailblazer 2021 ganha tecnologia e perde versões

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Atualizado há 3 anos

O Chevrolet Trailblazer chegou à linha 2021 com novo visual, mais recursos eletrônicos e equipamentos. Um dos poucos SUVs derivados de picape à venda no Brasil (os outros são o Toyota SW4 e o Mitsubishi Pajero Sport), o modelo é oferecido em versão única, Premier, com sete lugares e motor turbodiesel, e tem preço sugerido a partir de R$ 280.800.

A nova dianteira é igual à da versão High Country da S10, picape da qual o SUV deriva. O nome da marca está escrito na grade e a gravatinha (símbolo da Chevrolet) foi deslocada para a parte esquerda da grade.

O para-choque foi redesenhado e há novas molduras nos faróis de neblina. As rodas de 18 polegadas têm novo desenho. Na traseira, nada mudou.

A central multimídia recebeu a nova geração do sistema MyLink, que estreou no Onix em 2019. Há integração com Android Auto e Apple CarPlay, além de sistema Wi-Fi nativo com chip 4G integrado. É possível conectar até sete dispositivos ao mesmo tempo. A internet a bordo permite também a realização de atualizações em sistemas eletrônicos do SUV.

O novo Trialblazer conta ainda com o aplicativo MyChevrolet. O recurso permite, por exemplo, ligar o ar-condicionado de forma remota e checar o nível de combustível diretamente na tela do smartphone.

A câmera traseira agora projeta imagens em alta definição, item importante em um carro com 4,89 metros de comprimento e 1,90 m de largura. Com os sete lugares ocupados, o porta-malas tem 205 litros. Com cinco, a capacidade sobe para 554 l. Com as duas fileiras de trás rebatidas, o volume chega a 1.830 l.

O Trailblazer agora vem com detecção de pedestres e frenagem autônoma de emergência. O sistema freia o veículo sozinho em velocidades entre 8 km/h e 80 km/h.

O SUV mantém o bom nível de equipamentos. Entre outros há banco do motorista com regulagem elétrica, controles de tração, estabilidade e de descida. A lista inclui ainda acionamento automático dos faróis e dos limpadores de para-brisa, assistente de partida em rampa, monitor de pressão dos pneus, alertas de risco de colisão frontal, de saída de faixa de rodagem e de ponto cego. Há também seis air bags, que não alcançam a terceira fileira de bancos.

O motor 2.8 de quatro cilindros turbodiesel recebeu nova turbina e foi recalibrado, mas a potência (200 cv) e o torque (51 mkgf) não mudaram. O câmbio automático tem seis marchas e a tração é 4×4 com reduzida.

Diferentemente de outros modelos da Chevrolet, no Trailblazer é possível realizar trocas manuais de marcha colocando a alavanca para o lado. Na maioria dos veículos da marca a mudança é feita por meio de um botão na lateral da alavanca. Que não é uma solução prática nem intuitiva.

A posição de guiar agrada e a visibilidade é boa. O banco do motorista é confortável e, dentro do possível em um SUV desse porte, atende à necessidade de segurar os ocupantes, sobretudo em curvas fechadas.

Na segunda fila de assentos o espaço é bom, exceto para quem vai no meio, que sofre com o túnel central elevado. O espaço da terceira fileira é insuficiente para adultos.

A dirigibilidade não está entre os pontos mais fortes do Trailblazer. A suspensão traseira, com eixo rígido, é robusta e encara bem a buraqueira do dia a dia, mas faz o SUV pular muito em lombadas. A direção com assistência elétrica tem respostas pouco diretas. Mas isso pode ser creditado mais às dimensões e aos pneus de uso misto do que à calibragem do sistema.