As reclamações não são de hoje. Há tempos que os moradores do Bairro São Basílio Magno em União da Vitória estão sofrendo com os alagamentos na região. Chuvas leves ou fortes, não importa. É só chover que o problema começa.
É o que Joanita Marunhak está vivendo. A senhora de 60 anos mora atrás do quartel da Polícia Militar do município há três anos, sua casa já foi invadida pela água duas vezes, e até uma “muretinha” de 80 centímetros foi construída para impedir que a água entrasse em sua casa. Mas nada adiantou. “Qualquer chuvinha alaga a rua, mas o murinho segura. Agora, passou do murinho pode se preparar. Se você não sair de casa você fica ilhado”, relata.
Esta semana a senhora precisou largar seu emprego para arrumar o estrago que o alagamento, decorrente da chuva do final de semana, causou em sua casa. “Faz três dias que a gente está limpando a casa. Eu tenho uma netinha que é especial e eu cuido dela. Agora minha filha tem que pegar alguém para cuidar da menina até eu conseguir limpar a casa.”
De acordo com o prefeito de União da Vitória, Pedro Ivo Ilkiv, a situação está nessa gravidade, pois a cidade vizinha, Porto União, realizou em 2011 uma obra de recuperação de galerias pluviais, e a água que escoa do lado catarinense, desce e se concentra no lado paranaense, próximo ao Batalhão da Polícia. “Essas águas são canalizadas a partir de Porto União e entram na tubulação de União da Vitória”, explica Ilkiv.
Porém, desta vez o que alagou a casa de Joanita veio do esgoto. Segundo ela a situação piorou há três meses, quando a Administração abriu uma vala próximo à rodoviária municipal para o escoamento das águas das chuvas.
Mas, para reverter essa situação a Administração Municipal espera conseguir, ainda este ano, a liberação de uma verba para a construção de novas galerias.“É uma galeria de grande porte. Vamos ter que furar a Avenida Marechal Deodoro, atravessar a Avenida na altura da Uniuv, descer próximo a escola Astolpho Macedo de Souza e ir até o Rio Iguaçu. É uma galeria de aproximadamente 1,5 mil metros”, estima Pedro.
A obra ainda não tem data prevista para começar, mas de acordo com o vice prefeito, Jair Brugnago, quando começar vai durar de três a quatro meses. “É uma obra complicada e cara, mas necessária. Tendo em vista a colocação dos tubos, a restauração do calçamento e do asfalto, e cortes que vamos ter nas redes de água, esgoto e todas as ligações necessárias, calculamos em torno de 1,5 milhão de reais.”
Acompanhe o vice prefeito Jair Brugnago:
Os moradores se reuniram com o prefeito e seu vice durante esta semana para discutir as medidas necessárias para a região. Os administradores se comprometeram em concluir o projeto e começar as obras o quanto antes, mas até lá valetas serão limpas para amenizar o problema. “Agora que começamos o nosso orçamento”, justifica o prefeito.