CAMPANHA: Vamos caminhar com o Breno?

Mobilização pelo tratamento está estimado em R$ 700 mil. Má formação nas pernas pode ser corrigida com cirurgia fora do País

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Atualizado há 5 anos

Breno nasceu com má formação rara: cirurgia para correção será na Flórida (Foto: Reprodução).
Breno nasceu com má formação rara: cirurgia para correção será na Flórida (Foto: Reprodução).

Um dos significados do nome Breno, é ‘nobre’. Nada mais apropriado para descrever a criança de exatos um ano e dois meses, que carrega na identidade uma descrição assim, tão especial. E para ser mais do que isso, para alcançar sozinho seus sonhos, Breno precisa da nobreza de quem a tem. Talvez você não o conheça, mas se tem rede social, já deve ter visto passar pelo sua timeline, a campanha ‘Caminhando com o Breno’, certo?

A reportagem te ajuda aqui a entende melhor do que ela trata. Quem dá os detalhes da ação é a mãe de Breno, a Taiana, uma jovem advogada que deixando um pouco o mundo jurídico de lado, se debruça atrás de todas as mãos que lhe são dadas: tudo para ajudar o seu único filho.

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Conforme Taiana, o Breno nasceu de parto natural, no tempo normal de uma gestação. Os nove meses foram tranquilos. “O Breno é ativo, alegre, mas nasceu com um problema nas pernas. Ele nasceu sem a fíbula na perna direita e na perna esquerda, ela é mais curta. É uma doença muito rara e por ser assim, no Brasil não existe um procedimento adequado. Aqui, teríamos que amputar as perninhas”, conta Taiana Manuela.

“A gente faz de tudo por um filho. Sei que muitas pessoas acham que amputar seria o melhor caminho mas existe uma chance de ele andar, com qualidade de vida”

Essa má formação é chamada de hemimelia fibular bilateral, ou seja, falta um osso na perna, no caso, a fíbula. A raridade do caso é real. Conforme a mãe, a chance do problema acontecer em uma das perninhas é de um para cada 50 mil, em média. Nas duas (como é o caso de Breno), uma a cada 150 mil, aproximadamente.

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O problema só foi identificado com clareza após o nascimento de Breno. “No final da gestação começou a dar uma diferença do tamanho do fêmur. Era apenas isso. A gente nunca imaginou que seria algo mais grave porque ele se desenvolvia muito bem”.  Até o que já apurou a família, o caso de Breno é bem exclusivo e não tem a ver com condições genéticas ou hereditariedade. Uma condição entre a terceira e oitava semana de gestação, pode ter desencadeado o perfil. Hoje, o Breno está bem, porém, as dificuldades para locomoção são evidentes. “Ele tenta ficar em pé mas cai. Ele não tem equilíbrio porque os pés dele são tortos. Ele só engatinha mesmo”, explica Taiana.

Para dar seus passinhos, o menino precisa caminhar com toda a comunidade disposta a ajudar. E a ajuda é apenas financeira, para custear uma cirurgia e todo um tratamento fora do País. Ele está estimado em R$ 700 mil (o valor pode variar de acordo com o dólar). Trata-se de uma intervenção cirúrgica, realizada no Instituto Paley nos Estados Unidos. “Já mandamos todos os exames, fotos da perninha e o médico já identificou o que é preciso fazer”, indica a mãe. Até o momento, a família já reuniu cerca de R$ 80 mil.

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Falta recurso e tempo. Para que o procedimento tenha maior chance de sucesso, ele precisa ser feito antes que o Breno complete um ano e meio. É uma contagem regressiva, de fato. “O prazo máximo são dois anos, mas quanto mais passa de um ano e meio, fica mais difícil de ter um resultado positivo. Até o final de janeiro, já temos que ter arrecadado todo esse dinheiro e lá, precisamos pagar tudo na hora”.

Todas as esperanças da família de Breno estão além das fronteiras, já que o SUS não disponibiliza o tratamento, sendo o único diagnostico amputação. O tratamento é caro, é dolorido, é moroso, mas pode valer muito.  “Essa situação dele não é fácil, sabemos de todas as etapas. Ele é tudo na nossa vida. A gente faz de tudo por um filho. Sei que muitas pessoas acham que amputar seria o melhor caminho mas existe uma chance de ele andar, com qualidade de vida”.

Caminhando junto

É possível contribuir de várias maneiras. Até o final do ano, várias ações públicas, como bingo e jantares, vão acontecer. De maneira direta, a ajuda pode vir a partir de depósito bancário e da plataforma vaquinha online. Todos os dados estão também nas contas da rede social do Breno.

No fim de semana, a Festa da Costela será palco para as doações. No espaço, várias caixinhas para coleta estarão espalhadas. Elas estão identificadas com as informações da campanha. O evento começa nesta sexta, 11, e segue até o domingo. Toda contribuição, é bem-vinda.