Caso de Febre Chikungunya não é local e sim de caminhoneiro do MT

Motorista passava por União da Vitória e foi tratado aqui

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Atualizado há 8 anos

O chefe da 6ª Regional de Saúde de União da Vitória, Dr. Henrique César Guzzoni concedeu entrevista ao Portal Vvale e esclareceu notícias plantadas de forma irresponsável de que União da Vitória teria registrado um caso da Febre Chikungunya. Guzzoni disse que na verdade um motorista de caminhão, do estado do Mato Grosso, que estava em viagem e passou por União da Vitória, foi hospitalizado e tratado em uma casa hospitalar.

Mosquito Aedes aegypti. Curitiba, 04/12/2015. Foto: Pedro Ribas/ANPr
Mosquito Aedes aegypti. Curitiba, 04/12/2015. Foto: Pedro Ribas/ANPr

Não se trata de caso autóctone (contraído em União da Vitória ou no estado do Paraná) e nem mesmo de um cidadão de União da Vitória. A notícia que foi reproduzida em redes sociais desinformou e provocou pânico.

Guzzoni disse que a 6ª Regional está, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, realizando ações preventivas e monitorando de forma permanente a situação. Ele disse que os cuidados devem ser redobrados. “Não é porque não temos casos locais, que podemos baixar a guarda, vamos trabalhar para o vetor (Aedes Aegipty) nunca se proliferar a ponto de provocar casos ou até epidemias, como em alguns municípios do estado”, explicou.

 

Dia D de combate ao mosquito

 O Governo do Estado, em parceria com as prefeituras e a sociedade civil organizada, promove neste sábado (9) uma grande mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. A intenção é alertar a população sobre a necessidade de fazer uma faxina geral em casa para eliminar os potenciais criadouros do mosquito.

Ações educativas e mutirões de limpeza serão realizados em diversos municípios do Estado, marcando o Dia D de Combate ao Mosquito da Dengue, lembrado todo dia 9 de cada mês. “Queremos aproveitar este momento em que as pessoas estão retornando para casa, depois das festas de fim de ano, para convidá-las a entrar nesta luta contra o mosquito”, explicou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. “Se cada um fizer a sua parte, podemos reduzir drasticamente o risco desta tríplice ameaça da dengue, zika e chikungunya”, reforçou.

Inspeção – As equipes de saúde farão visitas em casas e estabelecimentos comerciais para entregar um check-list com informações sobre os principais locais e objetos que devem ser inspecionados. O objetivo é mostrar ao cidadão que o mosquito geralmente deposita seus ovos onde encontra água parada, condição ideal para a reprodução.

“Muita gente lembra dos vasos e pratos de plantas, dos pneus, do lixo reciclável, mas esquece de verificar outros locais que também oferecem risco, como calhas entupidas, bromélias e bandejas externas de geladeira”, alerta o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz.

Dengue – Até o momento, cinco cidades já estão em situação de epidemia de dengue no Estado: Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Itambaracá, Guaraci e Paranaguá. Esta é primeira vez que um município do Litoral paranaense é considerado epidêmico para a doença. A cidade portuária de Paranaguá registra 491 casos da doença, desde agosto de 2015.

O Governo do Estado, em conjunto com a prefeitura de Paranaguá, realizou no mês de dezembro do ano passado, uma série de ações para intensificar o trabalho de combate ao mosquito em todos os bairros da cidade. Na ocasião, Secretaria da Saúde inclusive enviou uma equipe de profissionais do interior do Estado para auxiliar a prefeitura nas atividades de bloqueio.

Também foi deslocada à Paranaguá parte da frota de camionetes fumacê do governo estadual, que atuam na aplicação de inseticida contra o mosquito em sua forma alada (adulto). Ainda em dezembro, o Estado destinou R$ 255 mil à prefeitura através do programa VigiaSUS, a fim de dar suporte financeiro ao reforço das ações preventivas contra a dengue.

Em todo o Estado, 1.726 casos de dengue já foram confirmados. Segundo informações dos municípios, apenas dois pacientes evoluíram para a forma grave da doença, mas foram curados.

Zika e Chikungunya – O boletim informativo da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado na terça-feira, 5 , traz ainda informações sobre a circulação do zika vírus a partir de agosto do ano passado. Ao todo, foram notificados 30 casos suspeitos no Paraná, sendo que seis foram descartados por terem diagnóstico laboratorial confirmado para dengue. O restante segue em investigação.

Quanto à febre chikungunya, o Paraná registra neste mesmo período apenas um caso confirmado autóctone da doença, ou seja, quando o paciente foi infectado dentro do próprio Estado. Trata-se de um paciente de Mandaguari que já foi tratado e passa bem. Existem ainda outros três casos importados de outros Estados.

 

Fotos Agência AEN-PR