Chefe da Casa Civil faz balanço do ano

Em entrevista coletiva, Valdir Rossoni falou em números e os desafios do órgão em 2017

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Atualizado há 6 anos

Valdir-RossoniNo final da semana passada, o chefe da Casa Civil do Paraná, Valdir Rossoni, conversou com a imprensa. Na entrevista coletiva, ele fez uma avaliação de 2017. Na conversa, pontuou números e falou dos desafios para 2018.

ENTREVISTA

Qual o papel da Casa Civil na estrutura do Estado?

Rossoni: É coordenar toda a estrutura de Governo, os secretários e promover a integração entre todos. Eu tenho um despacho com o governador sempre antes de começar o trabalho onde resolvemos as principais questões. E durante o dia executamos. Tudo passa pela Casa Civil. Além da parte administrativa, temos todas as questões jurídicas que também passam por aqui!

Como foram os trabalhos da Casa Civil em 2017?

– Foi uma experiência nova na minha vida porque eu nunca havia participado do Executivo Estadual. Fui prefeito de Bituruna, Deputado Estadual seis vezes, presidente da Assembleia Legislativa e Deputado Federal, mas nunca havia participado do Governo Estadual. O balanço que faço é positivo, mas quem precisa fazer essa avaliação é a estrutura do governo sobre a integração administrativa que fazemos internamente e com outros poderes, principalmente os prefeitos.

A parceria e a liberação de recursos para os municípios foram ampliadas nesse ano. Como vê isso?

– O Governo está tendo capacidade bem maior de investimentos que os outros anos. Mais de 300 prefeitos passaram pela Casa Civil e trouxeram suas reivindicações e nós encontramos soluções e liberamos recursos, depois chancelados pelo governador.

A Casa Civil coordena programas importantes no setor de Educação. Como estão o Escola Mil, Escola Conectada, Escola Rápida e Mãos Amigas?

– Quando se lança um programa cuja meta é reformar mil escolas a demanda de engenheiros é muito grande. Tivemos falta dessa estrutura porque o Governo nunca havia executado um programa desta envergadura. Mas os problemas foram resolvidos e agora estamos com quase 1,5 obras em execução ou sendo planilhadas para iniciar. O Mãos Amigas usa mão-de-obra de apenados do semiaberto. Com um dia de trabalho eles diminuem três dias da pena. Só neste ano reformamos 35 escolas através do programa. A Fundepar entra com o material e eles fazem a
obra. Estamos com cinco equipes e nossa intenção é estender para todas as cidades onde há presídios com o semiaberto: Foz do Iguaçu, Guarapuava e Francisco Beltrão. Já o Escola Conectada vai modernizar a internet nas 2,1 mil instituições de ensino do Paraná. Serão R$ 283 milhões em três etapas, com 700 escolas em cada uma. Já fizemos a primeira licitação e compramos 10 mil computadores. Estamos voltados para a área de Educação. Estamos também instalando quadradas com grama sintética em diversas cidades. Esse é um programa desenvolvido
pela Secretaria de Esportes em parceria com a Casa Civil.

Como funciona o programa de apoio aos pequenos municípios na coleta de
resíduos?

– O Paraná tem uma grande deficiência neste setor. Muitos não têm aterros ou a coleta é feita com caminhões velhos. Já atendemos 230 municípios. Alguns receberam caminhões e outros receberam todos os equipamentos para a separação do lixo. Assim a cidade pode organizar uma cooperativa e contratar pessoas para cuidar disso. Nossa meta para o ano que vem são 300 municípios.

Recentemente o senhor disse que o governo estadual tem recursos mais de R$1 bilhão parados e aguardando projetos. Esse é um problema das prefeituras?

– Há alguns municípios que têm deficiência dessa parte técnica. Outros chegam na Casa Civil com os projetos prontos e sem a necessidade de revisão. E isso facilita a liberação de recursos.

Mas tudo isso só é possível graças ao ajuste fiscal?

– Sem dúvida. Se o Governador não tivesse tomado as medidas na hora certa, talvez estivesse atrasando salários e sem recursos para investimentos.

Qual a expectativa do senhor para 2018?

– O Paraná tem uma situação financeira bem confortável. Estamos fechando o ano com o décimo terceiro e o salário de dezembro pagos. Também teremos uma antecipação do ICMS para as prefeituras através do Paraná Competitivo que será depositado ainda em dezembro. E isso vai ajuda-los a fechar suas contas. Temos algumas reclamações do
funcionalismo porque não concedemos a data base. Não fizemos porque temos que respeitar o limite prudencial ou não conseguiríamos o empréstimo de quase R$ 1 bilhão com o BID para importantes obras de infraestrutura.

Quais as principais obras em execução no Estado?

– Estamos duplicando o acesso para Piraquara, vamos duplicar as rodovias da Uva e dos Ministérios, terminando a rodovia do Cerne, estamos fazendo os contornos de Pato Branco e Francisco Beltrão, construindo uma nova ponte em União da Vitória.