Consumidores voltam às lojas para trocar presentes

Depois do Natal, trocas estimulam vendas no comércio mas nas Cidades Irmãs, prática não tem tanta adesão

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

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Nas lojas mais populares, pouca procura pela substituição

O número de visitantes nas lojas das Cidades Irmãs deve ser menor dos dias que antecederam o Natal. No entanto, a troca de presentes também impulsiona novas vendas. A prática é comum, mesmo não estando prevista no Código de Defesa do Consumidor, deve ter grande movimento, já que as vendas para a Data superaram as previsões dos lojistas. “A previsão que nós tínhamos de que seria um ano mais retraído, com fechamento negativo, não ocorreu em nossa cidade. Na última hora as pessoas saíram às compras, o movimento foi satisfatório”, comemora o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Luciano Karpovisch.

A troca dos presentes depende do bom senso dos consumidores e também dos lojistas. De acordo com especialistas, ninguém pode ficar no prejuízo. É importante, ainda, ficar atento ao comportamento das lojas: nem todas adotam o sistema de trocas e, se agir assim, precisam deixar a informação clara aos consumidores. Na região, a substituição dos produtos não deve ter muitos problemas. “Sou comerciante também e acredito que todos os lojistas vão receber a troca, mesmo porque às vezes não dá certo e é também uma oportunidade de fazer uma nova venda”, avalia Karpovisch.

Mesmo com a sensibilidade dos comerciantes, será preciso ter paciência. Alguns produtos em promoção sequer têm possibilidade de troca. Outras, por terem feito boas vendas para o Natal, talvez não disponham do produto para substituição imediata. “As vendas foram grandes e às vezes não tem mais em estoque”, confirma o presidente da CDL. “Mas o pessoal da cidade é camarada, deve resolver tudo certinho”, sorri.

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Sandra Padilha não teve muito trabalho neste ano: trocas ocorreram antes do Natal

Por enquanto, o movimento segue bastante tranquilo. Nesta quinta-feira, 26, o número de consumidores nas lojas era pequeno e quem entrou, procurava novos presentes e deixava de lado a possibilidade de troca. “Hoje fiz apenas umas três trocas de manhã. Este ano está bem diferente. O pessoal veio antes comprar e trocar”, comenta a proprietária da loja Chocolate com Pimenta, Sandra Padilha.

Em anos anteriores, segundo Sandra, as trocas eram bem mais frequentes. “Acho que o amigo secreto tem resolvido isso. As pessoas fazem antes e acabam vindo trocar mais cedo também”, avalia. Nas lojas mais populares, a procura também é inexpressiva. A mãe de Sandra trabalha em uma dessas lojas e garante que a procura pela substituição é baixa. “Hoje não veio ninguém trocar”, sorri.

Comportamento nas trocas

Algumas trocas não são necessariamente obrigatórias. É o caso dos produtos alimentícios, por exemplo, ou dos produtos que não tenham defeitos. Os comerciantes não são obrigados a fazer estes tipos de substituição. Para ter efeito, a mercadoria precisa estar dentro da garantia legal – 90 dias para bens duráveis e 30 para alguns não-duráveis. Compras feitas pela internet são um pouco mais complicadas, pois o prazo de arrependimento é de sete dias úteis. Para evitar dores de cabeça, o ideal é que o consumidor entenda como funciona o sistema de trocas, antes de efetuar o pagamento.