Falta pouco para conclusão dos novos acessos

Obras são federais e, na região de União da Vitória, modificam quatro acessos à cidade. Investimento é de R$ 219 milhões

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

BR - CAPAPode não parecer, mas a execução das obras está chegando ao fim. Desde 2011, 75 quilômetros da BR-153 recebem investimento e, em alguns pontos, grandes modificações. A intervenção é uma iniciativa Federal, liderada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit). O investimento é de R$ 219 milhões. Conforme o engenheiro supervisor das ações na região, Fernando Furiatti, do Dnit de Ponta Grossa (PR) as obras estão concluídas em 85% e, neste ritmo, podem ser encerradas ainda nos próximos quatro meses.

No “trevo do Mallon” mudança é de maior impacto mas, no final, separa trânsito urbano do rodoviário
No “trevo do Mallon” mudança é de maior impacto mas, no final, separa trânsito urbano do rodoviário (Fotos/Mariana Honesko)

A intervenção mais significativa altera o popular trevo do Mallon. O local fica logo após o portal de União da Vitória, em uma interseção das BRs 153 e 476. O trevo recebe marginais e alças de retorno. “Era um trevo em nível e agora ficou em desnível”, explica Furiatti. Para entender melhor: na prática, a construção de uma trincheira vai separar o trânsito urbano do rodoviário. Pela BR, de fato, apenas quem precisa seguir no sentido Curitiba, por exemplo, vai passar. Usarão o mecanismo, ainda, os motoristas que vêm da BR-476 com sentido à BR-153. A mobilidade dos moradores e trabalhadores da região será feita na trincheira. “E quem vem da 153, de General Carneiro, por exemplo, e quer entrar em União da Vitória, vai pegar o ramal lateral”, lembra o encarregado das obras, Reinaldo Penedro, da empresa J.Malucelli, responsável pela execução do projeto na região. O ramal mencionado por ele ainda está em fase de construção, mas vai atuar como um “escape” do fluxo mais intenso logo após o portal.

No “trevo do Mallon” mudança é de maior impacto mas, no final, separa trânsito urbano do rodoviário
No “trevo do Mallon” mudança é de maior impacto mas, no final, separa trânsito urbano do rodoviário

A revitalização dos 75 quilômetros de asfalto alterou também a entrada para o bairro Jardim Roseira. No local, uma segunda trincheira foi colocada. Assim como no trevo do Mallon, ela garante a separação do fluxo local com o rodoviário. Mesmo sem estar totalmente concluído, o espaço já é usado pela comunidade dos bairros João Paulo II e Roseira. “A intenção é justamente essa, que não ocorra mais interferência entre o trânsito urbano com a rodovia”, ressalta Furiatti.

Trincheira preserva passagem dos moradores do bairro Jardim Roseira
Trincheira preserva passagem dos moradores do bairro Jardim Roseira

O acesso ao município de Cruz Machado também mudou. Ele ficou mais distante do original, também tem trincheiras para direcionar o trânsito e combina com a próxima inovação. Próximo da empresa GR Extração de Areia, a mudança é de impacto. “São duas marginais, uma passagem inferior e outra superior. A rodovia vai passar por cima da trincheira. Quem sai e entra na cidade, passa por baixo da rodovia”, pontua o engenheiro. De novo, o modelo do projeto propõe a separação do trânsito pesado e intenso da 153 com as entradas e saídas das empresas à União da Vitória. Conforme Furiatti, a medida sugere segurança e evita acidentes.

Interseção 6: marginais e outra trincheira alteram trevo próximo da empresa GR
Interseção 6: marginais e outra trincheira alteram trevo próximo da empresa GR

A interseção 6, chamada assim pela equipe do Dnit, também prioriza a redução de acidentes. Ela altera o trevo de saída de União da Vitória e entrada à Porto Vitória. Complexa, a intervenção exigiu a criação de um elevado com duas trincheiras. Por cima dele, passam caminhões e veículos menores que tenham como meta seguir na BR-153 (a próxima cidade neste caminho é General Carneiro). O mecanismo parece complexo, mas não é: quem tem União da Vitória como destino e está na 153, vai passar embaixo da trincheira, acessando as marginais. Boa parte da extensão delas está pronta. Quem faz esta volta acessa a cidade através do bairro São Gabriel.

O mesmo percurso permite chegar à BR-280, já em Santa Catarina. Motoristas que tem como destino Porto Vitória vão precisar apenas seguir uma das marginais. O elevado, portanto, só é usado por quem segue na 153.

No trevo de Porto Vitória, elevado tem duas trincheiras: motoristas que estão na 153, passam sobre o elevado
No trevo de Porto Vitória, elevado tem duas trincheiras: motoristas que estão na 153, passam sobre o elevado

Sinalização

Especialmente desde a evolução das obras, os motoristas têm encontrado dificuldades em entender as placas de sinalização. Conforme o escritório do Dnit em Ponta Grossa, as informações são temporárias e atendem à necessidade momentânea das obras. Assim, as indicações que estão nos locais hoje, serão substituídas à medida que as obras avançam. Tão logo sejam concluídas, portanto, ganham definição. Além das placas, cones e faixas de isolamento auxiliam na identificação do caminho. O pedido da equipe de engenharia é para que os motoristas tenham calma e respeitem os limites de velocidade.