Boa parte do grupo campeiro do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Fronteira da Amizade pulou da cama cedinho neste domingo, 13. O grupo veio a cavalgada da comunidade do São Domingos até a Festa da Costela, que está sendo realizada no Bairro São Bernardo. Com eles estava o fogo que representa o tradicionalismo gaúcho e também é símbolo da Semana Farroupilha. “A pira é a chama que representa o sentimento do gaúcho. É o nosso espírito. Ela surgiu em 1937, antes mesmo da formação do primeiro CTG”, conta Francisco Borges de Lima, um dos envolvidos na patronagem do CTG.
Foram cerca de 7 quilômetros a cavalo até o Parque Ambiental – primeira parada – para o café da manhã campeiro. O prato principal: ovo mexido com linguiça e café “passado no saco”.
Logo após o grupo continuou sua cavalgada até chegar no Fronteira da Amizade. Já no galpão a Missa Campeira teve início. Nem o frio espantou as tradicionalistas de cumprir mais um ritual. A missa é bem característica, os fiéis vão pilchados – indumentária da cultura gaúcha – e o padre, também vestido à caráter, celebra a missa com violão e vocabulário tradicionalista. “Ele se refere à Deus, por exemplo, como Patrão do Céu”, conta Ageu Ferreira de Castro, da patronagem do CTG.
Ainda segundo Castro, a missa além de ser uma programação da Festa da Costela também dá boas vindas a Semana Farroupilha. “Nesta semana temos programações todos os dias no CTG”, comenta.
No entanto, a semana que teria de durar 7 dias é um pouco longa e segue até o dia 20 quando é comemorado o Dia do Gaúcho. “Ela representa nosso sentimento nativista pela terra do Sul, do povo gaúcho”, lembra Francisco Borges.
Fotos: Ageu Ferreira de Castro/CTG Fronteira da Amizade