“Greve continua por conta de um preço mais justo de combustível para todos”

Quem afirma é o Diretor do Sindipetro PR/SC; categoria não descarta falta de combustível

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Atualizado há 4 anos

(Foto: Reprodução).
(Foto: Reprodução).

Está confirmado. Os petroleiros de todo o País seguem em greve nesta quarta-feira, 19. A categoria está com as atividades suspensas desde o começo do mês e continuam de braços cruzados.

O Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina e do Paraná (Sindipreto/SC/PR), Rafel Palinski, em recente pronunciamento à CBN Vale do Iguaçu, confirma que a categoria continua em greve.

“Cruzamos os braços por conta de um preço mais justo de combustível para todos; de Norte a Sul do Brasil”.

Disse ainda que a categoria aguarda que a Petrobras cumpra com o acordo coletivo assinado em novembro de 2019.

“A briga é por todos; é pela população”.

O presidente garante que nesta quinta-feira, 20, a categoria terá novas informações sobre o assunto.

Falta de combustível?

Apesar da greve continuar, a Petrobras afirma que “a produção diária e os estoques de combustíveis garantem a oferta ao mercado e afastam a possibilidade de desabastecimento”.

Já a categoria não descarta falta de combustível.

Em recente entrevista para a Revista Exame, o diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Felipe Kury, garante que o abastecimento até o momento está totalmente normal. As equipes contingência estão suprindo e têm os estoques estratégicos que estão no âmbito da distribuição. “Se o movimento e a Petrobras entrarem em um acordo, espero em breve, não deve haver nenhum tipo de impacto no abastecimento”, ressaltou o diretor para a Exame.

O que está parado?

A Federação Única dos Petroleiros afirma que 21 mil petroleiros estão parados em 121 unidades da Petrobras em 13 estados. A paralisação atinge refinarias, plataformas, termelétricas, usinas, entre outros, de acordo com a federação.

O que querem os trabalhadores?

Os petroleiros protestam contra a demissão de mil trabalhadores da Ansa (Araucária Nitrogenados) e acusam a Petrobras de descumprir itens do Acordo Coletivo de Trabalho. A Petrobras afirma que o TST “declarou inconstitucional a incorporação dos trabalhadores da fábrica da Araucária Nitrogenados S.A (ANSA) aos quadros da Petrobras, uma vez que são empregados não concursados. Essa é principal pauta que motiva o atual movimento grevista liderado pela Federação”.

* Colaboração  do repórter Edinei Cruz da rádio Difusora do Xisto São Mateus do Sul