Jovem de Irati é um dos representantes do Brasil em programa do Mercosul

Raul Zainedin da Rocha, de 14 anos, faz parte do projeto que ajuda crianças e adolescentes

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Atualizado há 3 anos

A política iratiense já ganhou mais um integrante e ele tem apenas 14 anos.

Raul Zainedin da Rocha já participou da Câmara Mirim de Irati e hoje é um dos quatro representantes do Brasil no programa NiñoSur, do MERCOSUL, que cria projetos para ajudar crianças e adolescentes.

(Foto: Assessoria CMI)

Há seis meses, ele está junto com quatro adolescentes no programa, em que pode criar dois tipos de projetos, um para beneficiar o programa em si, e outro para ajudar as crianças e adolescentes dos países que participam do NiñoSur. Mas Rocha iniciou muito antes os trabalhos em políticas públicas. Com 10 anos foi vice-presidente da Câmara Mirim, e, em 2018, foi candidato para representar Irati, até chegar ao Comitê de Participação de Adolescentes (CPA), em que houve uma eleição entre as próprias crianças, assim, o jovem se candidatou para representar o Brasil no NiñoSur do MERCOSUL.

A cada seis meses muda a presidência pro tempore do programa NiñoSur, que é o pais organizador das conferências, neste momento é o Brasil, e os quatro adolescentes precisam organizar tudo. Há os adultos que auxiliam, mas as reuniões são feitas pelas crianças.

O jovem já pensa em ser político, daqui quatro anos ele completa 18 anos e quer ser candidato a vereador. E tem planos para Irati. Para Raul, o importante é não desistir.

“Têm vários momentos que cansam, vai achar que é chato ficar horas em uma reunião, mas depois, o que acontece você vai ver que vale a pena”, disse.


PROJETOS NIÑOSUR

Raul comenta que é difícil efetivar projetos, principalmente quando envolve mais países. Por isso,  dentro do programa há quatro eixos e se trata de pandemia. Ele está no eixo de Educação, e alguns projetos ele deu como sugestão que acontecem em Irati e no Paraná, como a compra dos produtos da agricultura familiar para a merenda escolar e aulas por Google Meet.

“Entre os projetos que tiveram unanimidade, mais fáceis de aconteceram, foi de apoiar o pequeno agricultor. Comprar o produto dele, para fazer a merenda escolar. Também, das aulas passarem via Meet, rádio e televisão, isso já acontece no estado, mas não sai de uma boa forma nem mesmo no nosso país, então, a gente tem que pensar nos outros países, por isso, eu dei esse projeto”, comenta.

Outra sugestão de Raul foi de doar dispositivos eletrônicos para crianças de baixa renda, porém são os mais difíceis de acontecer. “Fiz um projeto assim também, em que o governo poderia fazer um convênio com telefonias móveis e ficar mais barato o preço desses eletrônicos, infelizmente, são mais difíceis de serem efetivados”.

Um dos projetos criado pelo Raul para beneficiar o programa foi da formação de um grupo no aplicativo WhatsApp, para que seja mais fácil a interação com os adolescentes de outros países. “Uma coisa boa, é que esse projeto já se concretizou, já existe o grupo e também aulas gratuitas de espanhol para os adolescentes do Brasil, que é o único país que não fala esta língua dos demais que participam. Agora, a comunicação está mais fácil”, disse Raul. Ele ainda não fala o idioma, mas já estuda, e tem aulas com uma professora nativa, que fica mais fácil de aprender, segundo ele.