MARIA FUMAÇA: Até logo, Porto União!

Projeto “Trem das Etnias” pretende recuperar ferrovia em Porto União. A locomotiva 310 segue nesta sexta-feira, 17, para Rio Negrinho (SC)

·
Atualizado há 4 anos

MariaFumaca
(Foto: Reprodução)

Um dos mais requisitados cartões postais do Vale do Iguaçu – a Maria Fumaça, irá tirar férias nesta sexta-feira, 17, de Porto União. A locomotiva seguirá cedinho para a cidade de Rio Negrinho (SC), onde permanecerá na Associação Brasileira de Preservação Ferroviária de Santa Catarina (ABPF).

O Presidente do Projeto “Trem das Etnias”, Hélio Weber, explicou que a intenção é recuperar a locomotiva e também o trecho que compreende a Estação União (área central), até o quilômetro 14, próximo da localidade do Stenguel, o que totaliza 18 quilômetros de percurso.

O empresário disse o projeto vem sendo pensado desde 2009 e contou com um estudo de viabilidade técnica para a sua execução. A ideia é que em dezembro de 2020 – ou no mais tardar em fevereiro de 2021, a locomotiva esteja em funcionamento e nos trilhos.

Manhã de quinta

Hélio e equipe se encontram na manhã desta quinta-feira, 16, na GR Extração de Areia, em União da Vitória, empresa que alugou a prancha para o deslocamento da locomotiva 310, às 13h30. O deslocamento acontece da Praça do Contestado até a Avenida dos Ferroviários, a Perimetral. O trabalho deve ser concluído hoje para que a locomotiva possa ser transportada durante o dia até a cidade de Rio Negrinho. “A segurança da locomotiva é a prioridade. O carregamento é demorado e muito delicado. Não pode acontecer nenhum acidente com ela”.

prancha 2
(Fotos: Wannessa Stenzel)

A ação acontece através de uma iniciativa privada, ou seja, de um grupo de empresários e com suporte do Executivo.

prancha 4

 O valor orçado para a recuperação da locomotiva, até presente momento, é de R$ 250 mil reais.

Trilhos Ferroviários

Recente reportagem da Revista Exame diz que o Brasil não usa quase um terço de seus trilhos ferroviários, além de deixar apodrecer boa parte da pouca estrutura que possui nessa área. Os dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que, dos 28.218 quilômetros da malha ferroviária, 8,6 mil km – o equivalente a 31% – estão completamente abandonados. Desse volume inutilizado, 6,5 mil km estão deteriorados, ou seja, são trilhos que não poderiam ser usados, mesmo que as empresas quisessem.