MENINO GUILHERME: Depois de cirurgia cardíaca, garoto recebe alta

Operação durou seis horas e foi bem sucedida

·
Atualizado há 7 anos

MeninoXGuilherme
Montagem feita pela família mostra as diferenças: antes da cirurgia, os lábios mais roxos e depois, rosados

As orações compartilhadas pelos amigos, familiares e até por quem apenas conheceu a história de longe, devem ter ajudado. É que a cirurgia de Guilherme Gutowski Barres, 5, foi um sucesso. De São Paulo, a mãe do garoto, Caroline, falou com a reportagem de O Comércio.

Segundo ela, a intervenção durou seis horas e foi um sucesso. “Foi tudo dentro do esperado. A plástica da válvula ficou perfeita”, comemora. A operação aconteceu no dia 10, na Beneficência Portuguesa, em São Paulo e alta, comemorada no final de semana. Em “sampa”, a família fica até o dia 30, já que Guilherme segue em observação médica. Uma nova consulta já está marcada para o dia 29.

“O Gui não deixa de ser cardiopata. Fará acompanhamento a cada três meses em Curitiba e a cada seis, em São Paulo”, lembra a mãe. A boa notícia é que logo, em cerca de três meses, o menino já estará liberado para fazer atividades físicas. “E poder levar a vida como uma criança da idade dele”, completa, feliz, Caroline.

Guilherme precisou do procedimento por enfrentar desde muito pequeno, uma anomalia cardíaca conhecida como Ebstein, problema que afeta uma das válvulas e vai comprometendo o funcionamento do músculo, bem como de outros órgãos vitais a medida em que a criança cresce.

A história de enfrentamento da doença acompanha o menino, morador de União da Vitória, desde o nascimento. “Com 24 horas de vida, ele teve uma parada cardíaca. Ficou na UTI, mas naquela situação, não descobriram nada”, contou a mãe, à edição de dezembro do jornal.

Durante um ano todo, o menino fez acompanhamento, mas, nenhum profissional confirmou a anomalia, apenas um “sopro”, nada mais grave. Exames mais profundos, feitos em hospitais de Curitiba diagnosticaram a doença. Apenas a cirurgia poderia devolver ao garoto o frescor da infância, com tudo que ela tinha direito. A intervenção corrige o dano da válvula, lhe garantindo funções normais, logo, a normalidade também de todo o organismo.

 

Solidariedade

A arrecadação de fundos para o pagamento do tratamento e da cirurgia ficou mais intensa em 2016. Ela foi fundamental para reunir os cerca de R$ 60 mil para a quitação da intervenção e das despesas com hospital e hospedagem. A comunidade abraçou a causa e se solidarizou com o caso de Guilherme, bem como de toda família. Caroline foi demitida em fevereiro do ano passado e na casa onde ela mora com o Gui e os outros filhos, apenas o marido, de 36 anos, trabalha. Não fosse amigos e até desconhecidos, toda a arrecadação seria impossível.