NOVO BISPO: Multidão acompanha cerimônia de posse de Dom Agenor Girardi

Celebração reúne fiéis da diocese e visitantes de vários lugares do Estado. Para o evento, caravanas chegaram lotadas

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Atualizado há 9 anos

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Dom Agenor. (Foto: Mariana Honesko).

Uma boa parte do público teve que assistir a celebração de posse de Dom Agenor Giradi em pé. Alguns se arrumavam como podiam, em um espaço aqui e outro ali. Faltou lugar mas sobrou carinho na cerimônia que marcou a presença do terceiro bispo da diocese de União da Vitória. O evento foi ontem, às 10 horas, na igreja do Bairro Rocio. O cenário já tinha sido usado, há oito anos, para a posse de Dom Bosco.

A celebração teve os ritos mais tradicionais e a apresentação oficial de Dom Agenor ficou a cargo de Dom José Antônio Peruzzo, da arquidiocese de Curitiba. Ambos entraram na igreja juntos, saudando os fiéis que lotaram a maior igreja da comunidade. Antes deles, padres e sacerdotes de todas as paróquias, caminharam no tapete vermelho ao som acústico do coral.

Bonita, emocionante e envolvente, a missa arrancou lágrimas. Para a religiosa, Nilce Preto dos Santos, um “bálsamo” para a viagem que fez cedo, da vizinha Bituruna (PR). “É uma alegria imensa. A presença do bispo é algo emocionante, excepcional”, sorriu. Nilce veio com outros 15 colegas, em caravana. De mais longe vieram as irmãs da Congregação Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus. “Chegamos cedinho, mas a alegria é muito grande. Temos o mesmo carisma do bispo”, sorriram as freiras da capital.

Transição

Dom Agenor é o terceiro bispo da diocese. Antes dele, Dom Walter ocupou o cargo e, depois, a cadeira foi de Dom Bosco. Há um ano, aproximadamente, o cargo estava vago, por conta do envio de Dom Bosco para uma diocese paulista. Neste período, padre Levi Godoi, assumiu a função de administrador diocesano. Dom Agenor foi nomeado pelo Papa Francisco em maio.

Sobre o novo bispo

Ele tem traços semelhantes com os do Papa Francisco. Não só fisicamente: o jeito simples, a vontade de visitar e ajudar as comunidades mais simples, parecem muito com os do pontífice. “Lembra muito o Papa”, adiantou-se a ministra no Rocio, Carlota Wolff.

Atrás da simplicidade, porém, esconde-se um homem de bastante conhecimento. Dos seus 63 anos de vida, dedica 32 à vida sacerdotal. Quatro, apenas como bispo. É mestre em Teologia e Espiritualidade, pela Pontifícia Universidade Gregoriana, e em Teologia da Vida Consagrada, pelo Instituto Claretiano (Roma). Antes de assumir a cadeira em União da Vitória, atuava como bispo auxiliar em Porto Alegre (RS). Por lá, ficou quatro anos. “Mas, eu também já começo a me desligar de lá porque é aqui que vamos plantar a semente do reino e construir a igreja de Jesus Cristo”, disse.

Fotos: Mariana Honesko