SOLIDARIEDADE: Campanha de acolhimento termina na Igreja Batista

Mobilização durou pouco menos de 30 dias e terminou com saldo positivo

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Atualizado há 5 anos

Doações concentradas para ajudar os acolhidos e a comunidade: mais de 500 beneficiados com a mobilização (Fotos: Jaqueline Castaldon).
Doações concentradas para ajudar os acolhidos e a comunidade: mais de 500 beneficiados com a mobilização (Fotos: Jaqueline Castaldon).

Entre os dias 8 e 31 de julho, a Igreja Batista em União da Vitória, mudou sua rotina, recebeu a comunidade, doações e foi protagonista de uma das notícias mais compartilhadas na rede social da região. Foi durante aquele período que a instituição abriu suas portas para atender pessoas em condição de morador de rua, e também os indígenas, de passagem pelo Vale do Iguaçu.

A ideia de abrir as portas da igreja veio do pastor Daniel Carvalho que, diante do frio e da necessidade de alguns, decidiu que era preciso fazer algo. O frio intenso, a presença de gente carente nas ruas do Vale do Iguaçu e necessidade de colocar em pratica a fé, mobilizou o início de uma campanha especial. “Começamos a ação num domingo à noite, comunicando que iriamos fazer isso, entende que é a fé colocada em ação. Antes das 8 horas de segunda-feira, já tínhamos muitas pessoas nos procurando, trazendo doações, se voluntariando para atender. A gente vê que realmente as nossas duas cidades está unida pela união, para ajudar quem precisa nesse período de frio”, contou na ocasião, à reportagem.

E o carinho e o empenho da comunidade, fez com que as doações fossem intensas, ultrapassando – e muito – a necessidade da campanha. “Acreditamos que conseguimos ajudar cerca de outras 500 ou 600 pessoas com as doações recolhidas aqui”, comemora na avaliação da mobilização.

A campanha termino no final de julho, com saldo positivo. Além de conseguir atender a comunidade com o excedente das doações, a Igreja Batista conseguiu encaminhar os acolhidos, ora para suas casas (morar na rua era uma opção e não uma condição) ora para oportunidades de trabalho. “Ao longo da campanha, atendemos sempre as mesmas oito pessoas com pernoite. Por dia, eram cerca de 20, que vinham, tomavam banho e jantavam conosco. Então, como conseguimos encaminhá-las, encerramos a campanha”, pontua o religioso.

Como funcionou

Para atender quem precisou, a igreja abriu as portas de sua estrutura todas as noites, após as 18 horas. Por conta de toda a mudança no formato, as celebrações da semana foram suspensas temporariamente.

Para dar suporte ao recomeço, a igreja fez uma parceria com as prefeituras e outras entidades de apoio. O acolhimento foi feito no templo e em duas salas, transformadas em quartos. Por lá, 15 colhões, limpos e arrumados, para atender com qualidade. “O sentimento é gratificante. Estamos cumprindo a palavra de Deus, trabalhando dentro da igreja e atender quem mais precisa. a gente percebe essa união da comunidade”, sorri o pastor.